O Sindicato dos Servidores da Justiça de Primeira Instância de Minas Gerais (Serjusmig) ajuizou, na segunda-feira (27), uma interpelação judicial criminal no Superior Tribunal de Justiça (STJ) contra o governador Romeu Zema (Novo). O que motivou a ação foram as insinuações sobre a suposta prática de ‘rachadinha’ em entidades sindicais de Minas Gerais.
Antes do Serjusmig, o Sindicato dos Delegados de Polícia Civil (Sindepominas) e o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-Ute-MG) também haviam processado Zema pelo mesmo motivo.
Na ação ajuizada na segunda, o Serjusmig requer que Zema “esclareça em juízo o alcance, sentido e extensibilidade das suas declarações equivocadas e generalizadas”. A relatora do processo no STJ será a ministra Nancy Andrighi.
Além das ações judiciais, o governador também foi alvo de uma nota de repúdio do Sindicato dos Médicos de Minas Gerais (Sinmed-MG)
Mas o que Zema disse?
Não bastasse as divergências políticas entre governo e entidades de classe causadas pelo projeto de reforma da previdência, declarações de Zema acentuaram as dissidências.
Na última segunda-feira (20), Zema atacou os sindicatos, insinuando que alguns deles obtinham vantagens indevidas durante a gestão de Pimentel.
“O pessoal que estava acostumado com ‘rachadinha’ e não sei mais o quê, agora fica dando do contra. Escute com reservas quando a crítica partir desse tipo de público. Enquanto o Estado estava saqueando as prefeituras e mandando o nome de 240 mil funcionários públicos para o SPC, esse pessoal estava calado. Não falou nada”, afirmou o governador durante uma live pelo Facebook.
Ainda segundo o governador, a postura crítica dos sindicatos não era vista durante a administração anterior. Zema disse que há representantes buscando “visibilidade” e “polêmicas”.
“Sejam críticos. Tem muitos sindicalistas querendo só visibilidade e polêmicas. Falam ‘você está sendo prejudicado’. Mentira! No último governo, quando o funcionário público estava sendo prejudicado, esses sindicalistas não levantaram a mão, pois podiam dar emprego a um ‘punhado’ de gente da ‘turminha’ deles”, disparou.
Fonte: Estado de Minas