Regionais

REGIONAL TRIÂNGULO

O direito do trabalhador vale mais que uma boiada

Descoberta pelos Portugueses no século XVIII, a região do Triângulo Mineiro é marcada pela resistência de quilombos e dos índios Caiapós à ocupação européia e fica em um terreno de beleza exuberante. Hoje a região é uma das mais ricas do estado não só pela pecuária avançada, mas pela força de suas indústrias, usinas e pela energia de seus trabalhadores que dão exemplo de mobilização e espírito de luta.

No caso dos eletricitários do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba, a mobilização e articulação se deu nos anos 80, quando a categoria se organizava em torno do Sindicato dos Trabalhadores de Hidrelétricas de Uberlândia (Sthiau). Foi formado o Sindicato dos Eletricitários do Triângulo (Sindelt). Após um período de pouca atuação, em 1988 a oposição sindical, articulada principalmente por trabalhadores das usinas de Uberlândia e Uberaba, conquistou a direção do Sindelt. Com a aprovação da categoria, o sindicato se filiou a CUT e iniciou uma atuação muito mais combativa.

Nesta época o Sindelt ganhou novo estatuto e organização, marcada pela gestão colegiada, pela descentralização das diretorias e maior presença junto aos trabalhadores e movimentos sociais. O ex-presidente do Sindelt, José Soares Aquino, cita como mobilização histórica a greve de 21 dias, realizada em 1990 com grande adesão dos eletricitários, e a luta contra a privatização da Cemig, no governo de Eduardo Azeredo (PSDB).

Em 1995, após amplo debate no Congresso de Unificação dos Eletricitários e aprovação por 94% dos trabalhadores, o Sindelt se unificou com o Sindieletro, formando o Sindicato Unificado da categoria em Minas. Por deliberação dos delegados do Congresso, a entidade sindical continuou sendo Sindieletro. A decisão fortaleceu a organização dos eletricitários em nível estadual e consolidou o espírito de unidade, já que na prática Sindieletro e Sindelt estavam unidos pela luta em defesa de trabalho e dignidade para os eletricitários através da Intersindical, criada no final dos anos 80.

A unificação também sinalizou o desprendimento das lideranças sindicais da região, fortaleceu o engajamento dos eletricitários nas grandes lutas nacionais na defesa das estatais do setor elétrico e cumpriu um dos princípios cutistas fundamentais, que é de unificar para fortalecer a luta política e ampliar o poder de negociação dos trabalhadores, sempre respeitando as individualidades de cada setor, categoria e região. Assim foi criada a Regional Triângulo do Sindieletro, que mantém mais vivo do que nunca o ideal de luta dos eletricitários da região.

 

  • William Franklin | Coordenação da Regional Triângulo
  • Eugênio Carlos Pires | Secretaria financeira da Regional Triângulo

 

  • Diretores

Alessandro Martins Pereira

Alisson Alves da Silva

Elton Vieira Tiradentes | APOSENTADO

Eugênio Carlos Pires

Euler Alves Neto | APOSENTADO

Herley Cardoso Damasceno 

João Victor Soares Águido Floriano Gusmão

José Adelson Santos

José Paulo de Oliveira

José Ricardo da Cunha | APOSENTADO

Luismar Marciano de Lima 

Lupércio Rodrigues Costa

Marcos Alcides Pereira de Lima

Mário Lúcio N. Teixeira Junior | APOSENTADO

Rodrigo César Martins 

Willian Alessandro Pereira 

 

  • Assistente |Elisângela Mara

Av. Comendador Alexandrino Garcia, 95
Bairro Marta Helena - Uberlândia
CEP: 38.402-228 - Tel/fax: (34) 3212.5001
triangulo@sindieletromg.org.br

 

 

REGIONAL NORTE

Trabalho pela categoria de sol a sol

O Norte de Minas é uma das regiões mais pobres do estado. Contudo, a escassez material e a desatenção política deu origem a um povo forte, rico culturalmente e com uma disposição para a luta incomum. A Cemig chegou ao Norte de Minas em 1955, num momento em que as condições de geração e distribuição de energia eram precárias. A extensa área geográfica e as baixas condições sócio-econômicas foram complicadores para o trabalho da Companhia, mas, aos poucos, muitas mudanças ocorreram, tanto na forma de realizar o trabalho, como na organização dos trabalhadores. Foi a força dos eletricitários do Norte fez com que a região prosperasse e se desenvolvesse.

Foi a partir do trabalho dos eletricitários da região que nasceu a usina de Três Marias e Irapé. A região possui também Pequenas Usinas Hidrelétricas (PCHs) em Paraúna, Pandeiros e Santa Marta. As cidades mais importantes em termos de Distribuição são Montes Claros, Pirapora, Curvelo, Janaúba, Januária e Salinas.

A mobilização por melhores condições de trabalho, contra o autoritarismo dos chefes e por melhoria ao atendimento à população resultou em maior consciência política, solidariedade e conquistas trabalhistas. Em 1987, a combatividade da categoria foi colocada à prova através da participação expressiva dos trabalhadores em diversas greves realizadas em Curvelo. Uma característica importante desses companheiros sempre foi a preocupação com as condições de segurança.

Criada no início da década de 90, a Regional Norte ampliou a presença do Sindieletro e incentivou os trabalhadores da região a lutarem por seus direitos, além de contribuir para uma maior democratização nas decisões da instituição. Durante as negociações do ACT/2000, os trabalhadores do Norte ocuparam a Usina de Três Marias e só saíram de lá depois de obterem a garantia de que o governo iria abrir diálogo com o Sindieletro.

 

  • Renato Ferreira| Coordenação da Regional Norte
  • Diretores

Adelson Kleiber Soares

Denise Borges Ferreira | APOSENTADA

José Leonardo de Oliveira Azevedo | APOSENTADO

Leandro Coelho Gomes

Ubirajara Vieira Silva | APOSENTADO

Vicente Ferreira Nascimento 

Wagner Fabrício Luiz da Silva

 

  • Assistente |Thiago Ferreira Alves

Rua Afonso Pena, 544 - sala 304 - Centro - Montes Claros
CEP: 39.400-905. Tel/Fax: (38) 3222.3600
norte@sindieletromg.org.br



REGIONAL LESTE

Um salto para a organização

Além de ser famosa pela prática do vôo livre, a região Leste de Minas Gerais é conhecida por sua tradição de luta e organização social, principalmente a sindical. No final dos anos 80, os eletricitários da região começaram a criar formas de organização para mudar a relação de forças entre os trabalhadores e a Cemig. Prova disso é que entre 1988 e 1991, algumas greves históricas marcaram época e fortaleceram o espírito de luta da categoria. Tudo isso aconteceu mais ou menos na mesma época em que surgiu, em Belo Horizonte, o movimento de oposição sindical, que culminou na vitória da chapa “Energia na Luta”, para a direção do Sindieletro.

Outros dois fatores importantes para o crescimento do engajamento dos trabalhadores da região foram a eleição do primeiro delegado sindical e a criação da Regional Leste do Sindieletro, a primeira ser fundada em 1993. A partir daí, vieram cursos de formação, reuniões nos locais de trabalho e participação ativa dos trabalhadores em todas as ações políticas.

Com isso, o sindicato foi aumentando a sua atuação na região. Consequentemente, as conquistas começaram a aparecer. Num plano geral, as mudanças que ocorreram nas relações de trabalho trouxeram novos desafios. Ainda no início da década de 90, durante uma greve dos trabalhadores, o então presidente da Cemig, Carlos Eloy, enviou cartas ameaçando demitir quem não voltasse ao trabalho. Isso apenas fez com que os ânimos ficassem mais exaltados, e a categoria, mais uma vez, manteve-se firme em seu propósito de lutar por seus direitos trabalhistas.

Mais tarde, em 1998, uma outra greve foi de grande importância para a categoria e teve adesão de 90%. Em retaliação à ação, a Cemig escolheu um bode-expiatório e demitiu o técnico em eletricidade Amintas Franco, mas depois de três anos ele foi reintegrado graças a pressão da Regional, que colocava faixas e mais faixas em frente a empresa. Em 1999, a categoria voltou a se mobilizar pela renovação do Acordo Coletivo de Trabalho.

 

  • Lucimar Lizandro de Freitas | Coordenação da Regional Leste
  • Diretores

Alex Haley A. Nunes de Souza

André Silva Francisco 

Cezar Coelho de Oliveira | APOSENTADO 

Fabio Ferreira Costa 

Geraldo Eustáquio de Souza Lopes | APOSENTADO 

Helvécio Leão Neto | APOSENTADO

Isac Camilo Silva Alvarenga 

José Adão Queiroga dos Anjos | APOSENTADO

Julimar Gil de Souza | APOSENTADO 

Wagno Lúcio de Oliveira Berto | APOSENTADO 

 

Rua São João, 558/12 - Centro - Governador Valadares
CEP 35.020-550 - Telefone: (33) 3271.1200 - Fax: (33) 3271.4777
leste@sindieletromg.org.br

 

REGIONAL VALE DO AÇO

Organização forjada na luta

A região do Vale do Aço é caracterizada pela grande atividade industrial e, ao mesmo tempo, pela intensa organização de seus trabalhadores nos tempos bicudos da ditadura, a maioria, metalúrgicos do setor siderúrgico. Vem daí o perfil político marcado por um movimento sindicalista forte, capaz de influenciar as decisões políticas municipais e definir a eleição de vereadores e prefeitos de partidos de esquerda.

Por outro lado, a vocação econômica baseada na siderurgia acabou demandando mais e mais energia, o que contribuiu para o crescimento da categoria dos eletricitários. Com o tempo, esses trabalhadores perceberam a importância de sua força de trabalho e se organizaram em busca de seus direitos. As mobilizações tomaram impulso em 1987, com a criação de um colegiado formado por vários eletricitários interessados em dar um novo rumo para a categoria na região. A partir daí, vieram diversas reuniões em casas e bares. Em pauta, estavam questões importantes como saúde e segurança do trabalhador. A atuação das Cipas, fruto dessas preocupações, acabou se tornando um modelo seguido em toda a Cemig.

Um ano depois, em 1988, foi formado um grupo de aproximadamente 40 trabalhadores com objetivo de discutir assuntos de interesse da categoria e programar a grande greve do ano. Essa paralisação teve adesão de mais de 80% dos eletricitários e contou com uma passeata que fechou a principal avenida de Ipatinga. Mesmo sob uma forte chuva, os trabalhadores fizeram piquete na porta da empresa às 7hs da manhã. Por causa disso, muitos colegas foram demitidos, mas a categoria fez pressão para que as demissões políticas fossem revertidas.

Em 1989, um ato político marcou a história de luta na região. Os trabalhadores colocaram fogo em seus contracheques, em protesto contra os baixos salários. No início dos anos 90, a categoria voltou a se mobilizar. Numa atitude solidária, atos públicos e panfletagens foram organizados para tentar impedir a privatização da Usiminas e Acesita. Em 1993 nascia a Regional Vale do Aço, com os trabalhadores de Ipatinga organizados e pressionando para que a Cemig desenvolvesse políticas de segurança para seus empregados.

Outro momento importante aconteceu em 1999, quando a Cemig anunciou a demissão de 400 empregados. Os eletricitários do Vale do Aço se posicionaram contra os cortes, com muita garra. Nessa mesma época, a categoria brigou pela não terceirização do transporte (AD/TE). Em 2000, a categoria mostrou força através de uma paralisação pela campanha do ACT daquele ano e, a cada ano, mostra que sua organização é forte como o aço forjado na região.

  • Ésio Luiz e Silva | Coordenação da Regional Vale do Aço
  • Diretores

Manoel A. Alves de Oliveira

Reinaldo Machado Linhares 

Roberth Wagner Magela da Silva | APOSENTADO

Wolmar Ferreira de Paula

 

  • Assistente |Elisabeth Silva de Oliveira

Rua Duarte da Costa,338 - Bairro Bom Retiro
CEP: 35160-221 - Ipatinga/MG Telefax (31) 3822.3003
valedoaco@sindieletromg.org.br

 

REGIONAL METROPOLITANA

“A vida é essa: subir Bahia e descer Floresta”

Seguindo o conselho do compositor Rômulo Paes, é fácil chega à sede do Sindieletro e da Regional Metalúrgica, instalados em uma das regiões mais tradicionais de Belo Horizonte, o bairro Floresta. Em 1993, com a mudança no estatuto do Sindieletro, foi criada a Regional Metalúrgica, que reúne o maior número de trabalhadores da Cemig. O objetivo era democratizar e descentralizar as decisões, fortalecendo a instituição. Essa posição geográfica estratégica – em Belo Horizonte está localizado o centro administrativo da Cemig -, aliada a grande massa de trabalhadores e à presença da maior parte dos meios de comunicação, influenciou positivamente nas lutas sindicais para a conquista e manutenção de direitos.

Prova disso é que as lutas originadas em Belo Horizonte estimulavam mobilizações no interior. Nesse sentido, vale destacar as reivindicações dos operadores das subestações para exigir mudanças na escala de revezamento, a formação de grupos de saúde para o debate das condições de trabalho e o engajamento das mães pela melhoria do auxílio-creche. Em 1995, dirigentes da Regional Metalúrgica fizeram uma greve de fome durante seis dias para garantir o recebimento da PR. Resultado: seis meses depois, os eletricitários da Cemig foram os primeiros do país a receber o benefício.

Dois anos depois, em 1997, uma mobilização dos trabalhadores da grande BH evitou a demissão de 600 pessoas da OT, e em 1998 a terceirização do órgão foi impedida. Ainda em 1997, época da onda de privatizações do governo de Fernando Henrique Cardoso, a Cemig viu parte de suas ações serem entregues à iniciativa privada. O Sindieletro lutou contra isso, contando com o apoio importante da regional Metalúrgica, que organizou Audiências Públicas contra a privatização, pressionou o Poder Legislativo e acionou o Ministério Público para evitar que os sócios minoritários assumissem a gestão da empresa.

Nesse mesmo período, a categoria passou a sofrer como a crescente terceirização, o enxugamento do quadro de trabalhadores, o Plano de Desligamento Incentivado, as mudanças no plano BD da Forluz e o não cumprimento do Acordo Coletivo de Trabalho. Para combater isso, a Regional Metalúrgica organizou reuniões mensais com os trabalhadores em todas as cidades da Região Metropolitana para mobilização e organização da categoria. A resposta era imediata, e cada vez mais trabalhadores foram participando de forma mais ativa das lutas sindicais. Como resultado desse trabalho incansável, a Regional Metalúrgica conseguiu o maior número de filiados do estado, 7.000 associados.

  • Alex Lopes Martins da Costa | Coordenação da Regional Metropolitana

 

  • Diretores

Carlos Henrique de Rezende | APOSENTADO

Cláudio Ermelindo de Moura 

Emerson Jeremias

Felipe Ribeiro Dutra

Hebert Lincoln Belchior | APOSENTADO

Julio Cesar dos Santos Dimas

Tamel Ferreira de Carvalho Neto

Valdeci Cândido de Oliveira

 

  • Assistente |Valdelúcio Néri Dias

Rua Mucuri, 271 - Floresta - Belo Horizonte
CEP: 30.150-190 - Tel: (31) 3238.5000 - Fax: (31) 3238.5049
metropolitana@sindieletromg.org.br

 

REGIONAL OESTE

Gerando conquistas para o trabalhador

Os eletricitários da Região Oeste revelaram a sua raça no final dos anos 80 após a vitória da chapa cutista para a direção do Sindieletro. Em 1988 a categoria realizou a sua primeira grande paralisação na Usina de Gafanhoto, em Divinópolis, puxada, heroicamente, pelo delegado sindical Fred Gravito, que fez paralisação solitária de uma hora sensibilizando todos os colegas. Desde então, a categoria nunca fugiu de um chamado para a defesa coletiva de seus direitos e para o apoio a outros movimentos populares.

Em 1993, com poucos recursos e muita disposição para a luta, os eletricitários comemoravam a criação da Regional Oeste do Sindieletro, em Divinópolis, que por quatro anos compartilharia as instalações, as lutas e as conquistas com o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-UTE).

Liderados pela Regional Oeste, os eletricitários se uniram para, em 1994, realizar uma greve histórica que, em tempos de Plano Real, reivindicava a reposição das perdas salariais e denunciava as manobras do ex-governador Eduardo Azeredo (PSDB) para privatizar a Cemig. Ainda em 94, os eletricitários apoiaram o Sindicato dos Metalúrgicos de Divinópolis e Região, também cutista, na resistência à ocupação da entidade pela Força Sindical, contabilizando mais uma vitória para o sindicalismo combativo na região.

Pouco tempo depois a mobilização da região aumentaria a pressão pela Participação nos Lucros e Resultados (PLR). Sem medo da vigilância ostensiva dos chefes que tentavam enfraquecer o movimento, a categoria triunfava e a PR deixou de ser privilégio dos acionistas para ser dividida também entre quem produz a energia da Cemig. Em 1997, a Regional Oeste conquistou sua sede exclusiva, com mais espaço e estrutura para a organização sindical. A bandeira do pagamento do sobreaviso, que hoje beneficia eletricitários de todo o Estado, foi levantada primeiramente na região. Em 2000, os eletricitários da Oeste mais vez mostraram a sua força, pressionando a Cemig por um Acordo Coletivo de Trabalho que contemplasse os seus direitos em todo o estado.

O ex-coordenador da Regional e atual secretário dos Aposentados do Sindieletro, Carlos Ortiz, que trabalhou 18 anos apenas na TROE, lembra que desde os anos 80 a confiança dos eletricitários no Sindieletro vem crescendo e que a disposição para a luta que começou com o exemplo isolado de um eletricitário, hoje está no sangue da categoria.

  • Celso Marcos Primo | Coordenação da Regional Oeste
  • Diretores

Alair Magela de Araújo

Alex Ribeiro de Faria | APOSENTADO

Celso José da Silva 

Edson Vitória

Edvaldo Campidelli

Gilberto da Cruz Cortes | APOSENTADO

Sige de Siqueira | APOSENTADO

 

  • Assistente |Geovane Alves de Miranda

Rua Bananal, 706, B. Santo Antônio, Divinopolis/MG
CEP 35.500-036 | Tel/Fax (37) 3222.7611

oeste@sindieletromg.org.br

  

REGIONAL MANTIQUEIRA

O espírito de luta floresce aqui

A região da Mantiqueira tem sua criação ligada à defesa dos ideais de liberdade dos inconfidentes que se juntaram à Tiradentes e dos rebeldes liberais, vitoriosos em Lafaiete, e dos emboabas, chacinados pelos portugueses em São João Del Rei. Com um passado heróico, também fez história, em tempos mais recentes, pela cultura de rosas, em Barbacena, e pelas romarias dos trabalhadores dos canaviais e da usina de açúcar em Ponte Nova.

Em 1995, o Sindieletro-MG plantou a sua luta na região de Mantiqueira, sonhando e organizando o sonho dos trabalhadores de um dia conquistarem trabalho e dignidade. Criada pelo eletricitário Luiz Gonzaga Cardoso, primeiro diretor-coordenador, a Regional Mantiqueira teve a sua primeira sede em São João Del Rei, município onde funcionava também a Distribuição da Cemig. A região onde ficam as primeiras cidades de Minas Gerais e por onde passa a Estrada Real, que ligava as riquezas do estado ao porto do Rio de Janeiro, passou a realizar o sonho de um sindicato forte tão valioso quanto o próprio trabalho dos eletricitários da Cemig.

O espírito de mobilização e luta dos trabalhadores e trabalhadoras da Cemig, revelado nas lutas dos anos 80 - quando na Usina de Itutinga até esposas e filhos participavam dos movimentos - ganhou força com a organização do Sindieletro na região. Nos anos 90 as grandes greves e manifestações da categoria contavam com a adesão de mais de 80% dos eletricitários da região da Mantiqueira, que nunca se intimidaram diante da pressão das chefias.

O operador de subestação e ex-diretor do Sindieletro, Luiz Gonzaga Cardoso, teve atuação decisiva na organização sindical na região. Ele lembra que uma das lutas que mais mobilizou a categoria foi pelo pagamento da periculosidade com amplos debates e ação judicial. Os eletricitários da Mantiqueira também fizeram a diferença na luta pelo pagamento das horas extras, cumprimento dos Acordos Coletivos de Trabalho, pelo pagamento da PR e, mais recentemente, contra a terceirização.

Posteriormente a Regional foi transferida para Barbacena, cidade que possui o maior percentual de trabalhadores associados ao Sindieletro no estado. Atualmente a sede da Regional é na cidade de Conselheiro Lafaiete, no passado palco da mais notável vitória das lideranças nacionais sobre as tropas do império, no século IXX. O local era estratégico para o Sindieletro manter vivo o ideal da luta e da resistência. Enquanto a empresa centraliza atividades e reduz o número de empregados, os trabalhadores reafirmam a luta contra a terceirização, exigindo melhores condições de trabalho, maior valorização profissional e a qualidade dos serviços prestados pela empresa.

O atual coordenador da Regional, Eugênio Canuto de Paula, participou da organização sindical na região, atuando como diretor do Sindieletro desde 1996. Para ele a grande conquista neste período foi a conscientização da categoria que, em contato direto com o seu sindicato, assume de forma exemplar a defesa dos seus direitos. A luta cotidiana é construída com a presença constante e organizada no Sindieletro em todos os locais de trabalho, através das reuniões setoriais.

  • Fábio Rogério Souza Parreira | Coordenação da Regional Mantiqueira

 

  • Diretores

Anderson Tereza Ferreira

Gabriel da Silva Anselmo

Jarbas Discacciati 

Saulo Fábio Braga | APOSENTADO

 

  • Assistente |Rony Sérgio de Campos

Rua Francisco Sá, 170, Centro, Barbacena- CEP: 36.200-092 - Tel: (32) 3333-7063

mantiqueira@sindieletromg.org.br

 

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