Zema quer segundo mandato para concluir privatizações na Cemig



Zema quer segundo mandato para concluir privatizações na Cemig

Zema quer segundo mandato para concluir privatizações na Cemig. Preservar a Cemig estatal é combater as políticas do governador Zema, que é de desmonte da empresa. E, também, não ajudar em sua reeleição. 

Confira a matéria do jornal O Tempo

 

Governador disse que a empresa fez vários investimentos fora do Estado que dão prejuízo, mas recentemente anunciou a venda da Taesa, que é lucrativa

Por THAÍS MOTA, jornal O Tempo

Em entrevista ao programa Pânico, da rádio Jovem Pan, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo) reforçou sua intenção de privatizar a Cemig e todas as suas subsidiárias. Disse ainda que vai tentar a reeleição para concluir o processo de venda das estatais iniciado no atual governo.

“Depois de dois anos e meio à frente do governo, eu percebi claramente que, devido à velocidade do setor público, eu vou precisar de mais tempo para concluir algumas privatizações (já fizemos algumas mas outras ainda precisam ser feitas, como as subsidiárias da Cemig). As coisas no setor público são mais morosas, há muita burocracia e muitos questionamentos . Então, eu quero deixar o meu trabalho completo em Minas Gerais Eu quero deixar o Estado bem estruturado e muito melhor do que aquele que eu peguei”, disse.

 
Ainda segundo o governador, a Cemig realizou sucessivos investimentos mal sucedidos no passado e que hoje representam prejuízo para a estatal. Nos últimos anos, a Cemig investiu na Light no Rio de Janeiro; na Renova, no sul da Bahia; na Taesa (Transmissora Aliança de Energia Elétrica); em Santo Antônio e numa outra no norte. Todas essas participações da Cemig, investimentos na casa de bilhões, exceto a Taesa, deram prejuízo”. 

Apesar disso, a estatal anunciou em março a venda de sua participação na Taesa e a ampliação do capital da Renova Energia, que está em recuperação judicial desde dezembro do ano passado. Além disso, na gestão Zema, a empresa aumentou o número de cargos da alta cúpula.

Ele afirmou ainda que o Estado já perdeu empresas por conta da má qualidade do serviço prestado pela Cemig. “Ande pelo interior do Estado e pergunte como está a Cemig aqui? Tem prédio de apartamento que fica pronto e a Cemig pede dois anos para ligar o prédio. Eu estive com um agricultor em Unaí que está com pivô central de irrigação, que custa milhões, parado há três anos porque não tem energie elétrica. Tem empresa que já foi para outro Estado porque a Cemig pediu quatro anos para conectá-la (à rede elétrica)”, disse.

Zema ainda completou dizendo que: “Temos uma estatal em Minas que investiu em outros estados, não sei por qual motivo, deve ser para ganhar apoio político, e o mineiro ficou totalmente desguarnecido”, concluiu.

Sobre a posição da bancada do Novo na Câmara dos Deputados, que votou contra a privatização da Eletrobrás, Zema disse que concorda porque foram inseridos  no projeto de lei muitos temas que são alheios à venda da empresa. “Eu acredito que foi correto, eu sou favorável à privatização da Eletrobras, mas os jabutis que colocaram lá atrapalham todo o processo”, disse o governador.

Procurada, a Cemig informou que "reafirma seu compromisso de investir em Minas. Para isso, está realizando o maior ciclo de investimentos de sua história. Serão investidos R$ 22,5 bilhões até 2025, sendo a maior parte para a expansão e modernização da rede de distribuição e melhoria do atendimento aos clientes. Serão construídas 150 novas subestações, gerando desenvolvimento e empregos por todo o Estado".

Informou ainda que "adotou uma política de desinvestimentos em negócios fora do estado para que possa focar cada vez mais na melhoria do atendimento aos seus 8,7 milhões de clientes em Minas". No entanto, não comentou as denúncias de má qualidade do serviço apresentadas pelo governador durante o programa.

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