Obcecado por vender a principal estatal mineira, Zema parece ter esquecido a lição número 1 do bom vendedor: valorizar ao máximo o produto que tem em mãos e não depreciá-lo, como tem feito desde que assumiu o governo.
Alguém já viu algum vendedor se dar bem no mundo dos negócios desvalorizando seu próprio produto? Pois é exatamente isso que o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), anda fazendo em sua obstinada campanha para privatizar a Cemig.
Quem o vê agindo dessa forma em relação à companhia (e às outras estatais mineiras) não consegue entender como ele pode ter se tornado um empresário bem sucedido no comércio.
Zema fez fortuna na iniciativa privada comprando e vendendo mercadorias e serviços. Sabe, portanto, como se deve conduzir um negócio. Sabe melhor ainda que não se constroi um império como ele construiu, vendendo seus produtos na bacia das almas, extamente como ele quer fazer agora com as empresas públicas mineiras.
O caso da Cemig ilustra bem isso. A estatal se tornou para Zema sinônimo de problema e, por isso, quer privatiza-la a todo custo.
Ele ainda não tem autorização da Assembleia Legislativa para vender a companhia, nem sabe se a conseguirá um dia, mas como bom vendedor que já provou ser na inciativa privada, deveria sempre que possível, destacar o que a empresa tem de bom, ressaltar os seus pontos positivos, seja a alta lucratividade, o vasto conhecimento estratégico do setor elétrico, a capacitação técnica de seus empregados etc.
Valorizar o ativo que tem em mãos e não, como invariavelmente tem feito, depreciá-lo a todo momento, contrariando aquela que é uma das premissas básicas do bom vendedor: a de valorizar ao máximo o produto que irá ofertar ao mercado.
Agindo como tem agido, falando mal a toda hora da empresa, o governador vai acabar vendendo um grande patrimônio público a preço de banana e impondo um enorme prejuízo aos cofres do estado.
Fonte: Por Helcio Zolini, do Do R7