Zema, do "Novo", agora cogita fazer a velha política: soltar verbas para os deputados



Zema, do

Quem diria! Romeu Zema foi eleito pelo partido chamado "Novo" e fez discurso de campanha eleitoral contra a "velha política" do toma lá, dá-cá! Agora, a realidade bate à sua porta, a de sempre, garante-se emendas parlamentares e os deputados, os que sempre agiram pelas vantagens, votam projetos de interesse do governo. Se fizer a "velha política", Zema estará repetindo o que muitos candidatos fizeram: estelionato eleitoral, ou, engana povo. Aliás, como a matéria abaixo diz, Zema já se utilizou da "velha política", no ano passado.

Confira matéria publicada no site Os Novos Incofidentes, na terça, dia 11/02/2020, que aborda esse assunto:
 
Zema cogita aumento das verbas parlamentares para aprovar medidas impopulares

“Este ano é o ano do Regime de Recuperação Fiscal (RRF)”, disse Zema no primeiro dia de trabalho dos deputados. Ele também já anunciou que enviará à Assembleia outras pautas impopulares, como a reforma da previdência dos servidores, que irão levantar fortes resistências e  requerer muito apoio dos parlamentares. Isso, porém, está em falta para o governo. Na semana passada, seis deputados deixaram a base governista, além de um sétimo que já havia saído no fim de 2019. Agora, o bloco de sustentação do governo tem 16 integrantes, o menor do parlamento.

A principal tática de Zema  para conseguir apoio está sendo a liberação das boas e velhas emendas parlamentares. Elas são as indicações dos deputados no orçamento. Conforme a constituição mineira, todos  eles podem indicar um valor para o governo investir da maneira como  pretendem. Este ano o valor para cada parlamentar é cerca de R$ 6,6 milhões. Os cidadãos são os mais contemplados com as emendas. Elas resolvem demandas específicas da população, as quais o governo muitas vezes não consegue atender de imediato. É o caso da reforma do telhado de determinada escola. Ou a compra de bolas para as aulas de Educação Física. Para os deputados, as indicações no orçamento são uma estratégia eficiente para manter o eleitorado.

Segundo uma fonte parlamentar, o governo está sinalizando uma parceria em que cada deputado teria mais R$ 3 milhões além das emendas constitucionais ou impositivos. O Executivo também estaria negociando com os 20 parlamentares de maior projeção e peso político uma quantia mais robusta, de R$ 15 milhões para cada.

A emenda parlamentar já foi usada pelo governo no ano passado para garantir apoio legislativo. Mas, agora, a aposta está sendo redobrada, virou numa grande jogada. O deputado que conseguir os três tipos de emenda poderá levar este ano para suas bases eleitorais R$ 24,6 milhões. A título de comparação, isso é quase duas vezes o orçamento da secretaria de Direitos Humanos e Participação Social, cerca de R$ 14 milhões. E vale lembrar que há eleições municipais este ano; o deputado que levar benfeitorias às suas bases terá mais chance de eleger prefeitos e vereadores aliados, os quais serão seus cabos eleitorais em 2022.
 
Fonte: Os Novos Inconfidentes, por Marcelo Gomes

 

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