Em recente declaração, o governador Romeu Zema confirmou publicamente o seu jogo de desvalorizar e desdizer da Cemig, da Gasmig e da Copasa para a privatização. De acordo com a Coluna da jornalista Edilene Lopes, do dia 14, e publicada no site da Rádio Itatiaia, o governador quer privatizar aos poucos, ou seja, "depenando" as empresas com a venda de ativos. Desvaloriza as estatais e vende. Mas, Romeu Zema se esqueceu de dizer que não se privatiza a Cemig e a Copasa assim, decidiu,e pronto! Tem que obedecer a Constituição Mineira, que prevê os votos de três quintos dos deputados estaduais e a realização de um referendo popular para privatizar.
O jogo de Romeu Zema está em pleno processo na Cemig, com a venda de ativos e o sucateamento da empresa. O governador faz afirmações públicas de que a estatal atende mal os consumidores, sobretudo as indústrias e prefeituras; a inteção é óbvia: tenta mudar a opinião pública em relação à Cemig. Com esse discurso insistente, quer que os mineiros acabem por concordar em privatizar a empresa. Lembrando: recentes pesquisas apontaram que o povo mineiro é contra a venda da Cemig.
Nós, eletricitários, continuamos na luta contra a privatização da Cemig e qualquer outra estatal dos mineiros e dos brasileiros.
#NaoValePrivatizar
Confira a parte da coluna de Edilene Lopes que abordou sobre a privatização da Cemig e da Copasa.
COLUNA DA EDILENE LOPES
Governo pretende desestatizar Cemig, Copasa e Gasmig aos poucos
14/10/2020 às 04:26
A privatização da Cemig, se for realizada, não deve ocorrer de forma integral, com a venda de toda a empresa de uma só vez. O governador Romeu Zema pretende vender parte dos ativos, valorizar a empresa e, depois, se desfazer do restante. Os planos para a estatal foram revelados pelo governador em um evento com jornalistas nesta quarta-feira. Ele exemplificou dizendo que se o estado hoje tem o controle da empresa, com 17% das ações, ao se desfazer de parte delas ficando com 13, 12 ou 10%, o executivo atrairia novos investidores, aumentaria o valor de mercado do bem e depois poderia vender a um valor mais vantajoso. Segundo Zema, a desestatização da Copasa e da Gasmig ocorreria nos mesmos moldes.
A princípio, para privatização das estatais, o governo precisa de autorização da Assembleia de Minas Gerais e, no caso da Cemig, a Constituição Estadual prevê a realização de um plebiscito popular. As justificativas do governador para se desfazer das empresas seriam, além da ideia de um estado mais enxuto, os relatos de que os serviços prestados tanto pela Cemig quanto pela Copasa são ruins porque as empresas estão sucateadas e essa dificuldade em atender os cidadãos e as empresas entravam o desenvolvimento econômico de Minas Gerais.
Reforma Administrativa
O governo continua apostando nas privatizações como forma de recuperar a saúde financeira do estado. A reforma da Previdência, segundo o governador, vai gerar um impacto mais efetivo a médio prazo, daqui a mais ou menos dez anos. Antes disso, ele aposta também na reforma Administrativa. No entanto, Minas, antes de fazer sua própria reforma, vai aguardar a do governo federal, que o governador espera que seja robusta e que contemple os estados.