Você sabia que comer bem não significa comer alimentos ultraprocessados que se dizem saudáveis? Em geral, as publicidades e as embalagens destes alimentos são criadas com a intenção de passar essa ideia, mas é só olhar a lista de ingredientes que os corantes, aromatizantes e outros químicos que nem sempre fazem bem para a saúde estarão lá.
O consumo excessivo de alimentos ultraprocessados gera consequências ruins para a saúde. Isso ainda sem falar no planeta, tendo em vista os processos de produção destes alimentos e o descarte incorreto das embalagens.
Entretanto, o cenário de insegurança alimentar vivido por grande parte das famílias brasileiras combinado com o baixo custo de alguns destes alimentos têm feito com que o consumo dos ultraprocessados seja maior.
Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), dentro do total de calorias consumidas nos domicílios brasileiros, nos últimos anos houve um aumento do consumo de ultraprocessados associado à diminuição de alimentos in natura ou minimamente processados.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), quanto mais embalado e com a presença de ingredientes pouco familiares na composição dos ultraprocessados, mais distante ele está de ser um alimento saudável.
Portanto, a dica do Idec é para que as pessoas busquem na biodiversidade brasileira frutas, legumes, verduras e grãos que, combinados, podem compor uma alimentação verdadeiramente saudável, equilibrada e que também cabe no bolso.
Ir introduzindo estes alimentos aos poucos na dieta alimentar pode ser uma boa saída para aqueles que costumam consumir muitos ultraprocessados. Buscar formas alternativas de temperar e preparar os alimentos também é importante para ir conquistando o paladar.
Além disso, preparar as comidas com antecedência e congelar porções pode ser uma alternativa à facilidade do delivery e do fastfood.
O Idec recomenda que as pessoas reflitam sobre a sua alimentação e que busquem a origem dos alimentos, seja indo à feira, dialogando com produtores ou até mesmo plantando em casa ou no bairro, com hortas comunitárias, por exemplo. O Mapa das Feiras Orgânicas, organizado pelo instituto, pode ser um bom jeito de começar a buscar.
Essas práticas, além de contribuírem para a saúde, também podem ajudar o bolso, já que um carrinho cheio de biscoitos, refrigerantes e congelados tem custado bem mais na hora de pagar a conta.
Fonte: Brasil de Fato (SP), por Mariana Lemos