Você sabe qual é a origem do robusto superávit da Cemig Saúde?
Quem não se lembra do tempo em que várias cidades do interior tinham atendentes presenciais da Cemig Saúde? Essas pessoas prestavam um importante auxílio aos beneficiários, principalmente aos mais idosos. O atendimento presencial da Cemig Saúde estava no interior, não só na capital como é hoje. A mudança foi feita em prol da economia de recursos para a operadora, segundo o que diziam. Aqueles idosos que não têm facilidade com as tecnologias sequer foram considerados.
Acentuadas a partir de 2018 com a chegada do presidente atual, as medidas de austeridade, sob a argumentação de corte de custos, acabaram com essa forma de atendimento. Sem se importar com quem pudesse sofrer com a medida, ao interior somente foram disponibilizados o atendimento virtual e telefônico, este último de qualidade lamentável.
Vocês se lembram como era feito o reembolso dos medicamentos? Poderia ser feito para compras de todo tipo de medicamentos que fossem reconhecidos pela Anvisa, e incluía os medicamentos manipulados, que são muitas vezes mais baratos. Agora o reembolso é restrito somente aos medicamentos genéricos, ficando proibidos os manipulados e de referência. Tudo para diminuir os custos da operadora! As armações de óculos e as lentes de contato também deixaram de ser reembolsadas. A justificativa: redução de custos.
Vários procedimentos que eram reembolsados com o saldo PGE, a exemplo da escleroterapia de veias, também foram suprimidos. Os problemas gerados para os beneficiários por essas e outras mudanças foram muitos, mas havia algum acalento na ideia de um objetivo coletivo: a preservação da Cemig Saúde. À época, a argumentação apresentada pelos indicados da patrocinadora aos beneficiários era de que havia uma constante busca pela sustentabilidade do PSI.
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Os árduos dias de restrição resultaram em um acúmulo de recursos que teoricamente viabilizaria a perenidade da operadora de saúde. Além disso, também poderia trazer mais segurança para seus beneficiários e menor risco de reajustes bruscos que poderiam impactar as menores rendas.
Tudo foi previsível até aparecer uma gestão irresponsável que, buscando resolver a incompetência da atual gestão da Cemig, usa o patrimônio dos eletricitários para encobrir os erros dos seus forasteiros gestores nas empresas públicas mineiras.
Daí surgiram as maiores trapalhadas. O reajuste negativo nas mensalidades da Cemig Saúde é uma delas – a medida, que economizou milhões para os cofres da Cemig, não fez nenhuma diferença para a maioria dos beneficiários. Num futuro próximo, no entanto, serão submetidos aos seus efeitos. Agora, a gestão Zema muda o estatuto da Cemig Saúde para possibilitar que empresas totalmente diversas das atividades da Cemig entrem para o rol de patrocinadoras e acomodem seus beneficiários dentro da Cemig Saúde. A medida desafia a legislação atual para o setor, além de denunciar a falta de responsabilidade com os recursos financeiros que irão subsidiar tais medidas.
Os beneficiários da Cemig Saúde precisam estar atentos. O crescimento da Cemig Saúde é desejável se conquistado com responsabilidade. Não somos contra o fortalecimento da operadora! O que não se pode permitir é que mudanças sejam feitas de forma ilegal, sem transparência e com o claro objetivo de transportar problemas de outros setores para as costas dos beneficiários da Cemig Saúde.
Estão de olho no superávit constituído pelos beneficiários, e não podemos permitir esse tipo de transação dissimulada. A gestão Zema, vendo a dificuldade de passar suas estratégias danosas via judiciário, agora investe nas mais rasas medidas para atingir seus propósitos. E tudo isso com o fomento dos seus indicados na diretoria e nos Conselhos da Cemig Saúde, que operam as ações e se blindam para atacar quem construiu o império chamado Cemig.
Não deixem de entrar na página da Cemig Saúde e ver os nomes das pessoas que fazem esse trabalho vassalo à mando do capital. Essas pessoas são parte desse processo e precisam ser responsabilizadas.
A Cemig Saúde é nossa!
