Vamos às ruas no Dia Internacional da Mulher!



Vamos às ruas no Dia Internacional da Mulher!

O Dia Internacional da Mulher será marcado neste 2022 por vários protestos pelo país, e o foco será a resistência contra Bolsonaro, em defesa da democracia. Em Minas Gerais, as mulheres (e os homens) vão para as ruas gritando, também, Fora Zema!, denunciando os ataques do governador aos direitos das trabalhadoras e dos trabalhadores e as ameaças de privatizações. Lutaremos por BOLSONARO NUNCA MAIS! FORA ZEMA! PELO FIM DO MACHISMO E DO RACISMO! 

As mulheres têm inúmeros motivos para lutar contra Jair Bolsonaro e Romeu Zema. A resistência é por um mundo justo, com igualdade de oportunidades, igualdade salarial entre mulheres e homens, sem violência, discriminação e preconceitos. O governo de Bolsonaro é contra as mulheres, a população LGBTQIA+, osnegros e os índios, entre outros povos.  

É o governo da morte, tendo em vista a conduta adotada com a pandemia da covid-19 e a fome gerada por conta disso. Suas políticas privilegiam as elites, as privatizações e o desmonte dos serviços públicos. É um governo que estimula a violência contra as minorias, a classe trabalhadora e as lideranças populares e sindicais. 

Alguns fatos  

O governo Bolsonaro já foi condenado pela Justiça Federal de São Paulo por suas declarações discriminatórias contra as mulheres; declarações que incluem o próprio presidente, a ministra Damares Alves e o ministro Paulo Guedes. A Justiça determinou uma indenização por danos morais e coletivos de R$5 milhões e mais R$10 milhões destinados a campanhas de conscientização sobre a violência contra as mulheres e direitos das vítimas.  

A juíza Ana Lúcia Petri Betto, que proferiu a sentença, declarou: “Os fatos e provas retratadas nos autos evidenciam a despreocupação e até mesmo o escárnio dos agentes do governo com a situação de marginalização social das cidadãs brasileiras, além de denotar o absoluto menosprezo em relação ao dever institucional de promoção da igualdade de gênero e ao princípio da moralidade administrativa, ambos relegados em prol de determinada cartilha política.” 

As políticas do governo (ou a falta delas?) têm criado mais pobreza e desemprego, e as mulheres são as maiores vítimas. Segundo o IBGE, a taxa de desemprego entre as mulheres foi de 17,9% no primeiro trimestre de 2021; dos homens foi de 12,2%. Além disso, a fome é maior nos lares chefiados por mulheres.   

Sobre a morte de crianças em consequência da covid-19, Bolsonaro disse: "Algumas morreram? Sim, morreram. Lamento profundamente, tá? Mas é um número insignificante e tem que se levar em conta se ela (a criança) tinha outras comorbidades." Algumas crianças? Segundo o Instituto Butantan, até o início de janeiro deste ano, o coronavírus matou mais de 1.400 crianças de zero a 11 anos no Brasil. O presidente jamais terá a sensibilidade para perceber o que representa tal declaração, tão absurda e dolorida para uma mãe ou avó, uma tia, irmã, um pai.  

A família de Bolsonaro vem reafirmando e expandindo os ataques contra as mulheres. O filho do presidente, Eduardo Bolsonaro, destilou seu preconceito recentemente. Atacou as engenheiras que atuam numa obra do metrô de São Paulo onde ocorreu um acidente: afirmou que o acidente ocorreu por conta da incompetência das profissionais. 

Vale sempre lembrar: todos os discursos do presidente estimulam a violência contra diversos grupos étnicos e sociais. 

 

E o Zema? Farinha do mesmo saco 

O governador Romeu Zema segue a mesma linha política de Bolsonaro. Zema, em 2020 e 2021, declarou que “a opressão contra a mulher a gente poderia chamar meio que instinto natural do ser humano” e “para a mulher que separa, fica sendo uma obsessão da vida dela destruir o ex-cônjuge.” Essas frases geraram indignação geral das mulheres mineiras. 

As práticas do governo Zema, segundo a deputada e presidenta da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), Ana Paula Siqueira (Rede), demonstram o descaso com as mulheres. A reforma da Previdência dos servidores é um exemplo. Segundo Ana Paula, as funcionárias públicas são as mais afetadas pela reforma, tendo em vista que uma das propostas é aumentar a idade para a aposentadoria das servidoras. 

Além disso, o governo Zema paralisou as atividades do Conselho Estadual da Mulher de Minas Gerais (CEM). A deputada lembra que o Conselho é um espaço de fiscalização e direcionamento de verbas para as políticas públicas voltadas para as mulheres. 

Em consequência, a violência de gênero também aumentou no governo Zema. Dados da Polícia Civil de Minas apontou que cerca de 450 mil mulheres foram vítimas da violência doméstica no Estado entre 2019 e 2021. Pesquisadora integrante da Frente Brasil Popular, Bruna Camilo acredita que esse número está subnotificado e o total de mulheres vítimas da violência doméstica é sempre maior que as estatísticas oficiais. 

Com Zema, a pobreza também cresceu em Minas. Estudo do Observatório das Desigualdades da Fundação João Pinheiro mostrou que no Estado a renda domiciliar per capta era de R$1.330 em 2020, e em 2021 já era de R$1.289. Os dados ainda revelam que as mulheres negras são a maioria no grupo dos mais pobres. 

  

Secretaria da Mulher Trabalhadora do Sindieletro dá o recado e chama as eletricitárias para a luta 

Neste 8 de março, o Sindieletro participa e apoia protestos na Grande BH e no interior de Minas. Em Belo Horizonte, o Sindieletro apoia o ato BOLSONARO NUNCA MAIS! FORA ZEMA! PELO FIM DO MACHISMO E DO RACISMO, coordenado pela Frente Brasil Popular, que começa às 16h30, na Praça da Liberdade. 

A nossa diretora e coordenadora da Secretaria da Mulher Trabalhadora do Sindieletro, Elza de Fátima Rodrigues de Oliveira, convida as eletricitárias e os eletricitários para participarem dos atos que serão realizados no Estado (veja informações abaixo). 

Elza destaca que a mulher é símbolo de força e determinação, e cada uma das mulheres tem um encanto especial. Mas ela acrescenta que a mulher pode ir além e não precisa de um dia para ser lembrada. Todos os dias são para lutar e resistir contra o machismo, contra a discriminação, contra a violência de gênero, contra os ataques dos governos Bolsonaro e Zema aos seus direitos.  

“A mulher brilha em dias escuros, desbrava mares do machismo e do preconceito, dá vida a novas vidas e semeia o afeto, cuidando. É uma heroína. E na conjuntura em que vivemos é preciso mais, é preciso ir para as ruas com a nossa força e heroísmo. Este ano vamos tirar Bolsonaro da presidência e Romeu Zema do governo de Minas, porque não somos minoria, somos maioria! Vamos tirar com a luta coletiva, homens e mulheres unidos na resistência”, ressaltou. 

 

Participe dos atos programados! 

Além de BH, teremos atos em:  

- Ipatinga: Praça Primeiro de Maio – 16h, com caminhada; 

-  Barbacena: Centro – Praça dos Macacos, às 16h; 

- Divinópolis - Quarteirão fechado da rua São Paulo, 15h30;

-  Ponte Nova: Praça dos Palmares – às 17h; 

- Juiz de Fora: Praça da Estação, às 17h;

- Além Paraíba - Carro de som pela cidade, 15h;

- Vale do Jequitinhonha - Distribuição de material nas cidades;

- Uberlândia: Praça Ismene Mendes – às 16h30. 

 






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