O ano de 2016 foi marcado por mudanças drásticas no país que - direta ou indiretamente - refletem na forma como cada um enxerga a si e ao outro. Eventos majestosos, tragédias sem precedentes e esperança nos mínimos detalhes.
Algumas pessoas que começaram o ano com a iminência do impeachment da presidenta Dilma Rouseff– um golpe, no nosso entendimento – talvez ainda não imaginassem que terminariam o ano sob tantos ataques e perdas de direitos impostas por Michel Temer.
O Brasil recebeu as Olimpíadas e as paralimpiadas no Rio de Janeiro e deu show: foi ouro em salto com vara, boxe, judô, vela e no futebol.
Mas foi nota zero quando as redes sociais (e as ruas) foram tomadas pelo racismo, pelo sexismo, pela intolerância e pela falta de diálogo. Segundo pesquisa da Universidade do Estado de Michigan, nos Estados Unidos, o Brasil está na 51ª posição quando o assunto é empatia (capacidade de sentir a dor do outro) – apenas 12 países ficam atrás.
Além disso, foram muitos ataques temerosos como a retirada das disciplinas artes, Filosofia e Sociologia da grade curricular do Ensino Médio. Houve ainda os ataques às conquistas dos trabalhadores e o esforço de Temer para fazer da aposentadoria um sonho praticamente impossível para o trabalhador.
Para 2017 há muitos desafios. Na Forluz precisamos redobrar a atenção. Além do déficit do Plano A, é bom lembrar que o Conselho Deliberativo da fundação impediu a inclusão de aposentados para disputar a eleição.
Em janeiro teremos eleição para a Diretoria de Relações com os Participantes (DRP) na Cemig Saúde e é importante eleger uma pessoa que tenha compromisso com os direitos dos participantes, ampliar a rede conveniada no interior e defender nosso plano de saúde.
Para este fim de ano, é preciso uma dose de reflexão sobre o papel de cada um na luta por si e pelo outro. Para o próximo ano, lucidez e temperança nas escolhas, sempre em consonância com a luta pelos direitos ao trabalho e à vida e a convicção de que a união é necessária em tempos que se prega o individualismo para isolar e explorar o trabalhador.
O Sindieletro deseja a todos os eletricitários ativos e aposentados um próspero Ano Novo! Em 2017 estaremos juntos, semeando lutas e colhendo conquistas, com otimismo e determinação.