Tsunami do povo: 13 de agosto histórico em BH, Minas e Brasil



Tsunami do povo: 13 de agosto histórico em BH, Minas e Brasil

Como um tsunami, mais de 100 mil pessoas ocuparam as ruas de Belo Horizonte e mais de um milhão em todo o Brasil na terça-feira (13), em manifestações que se somaram às grandes mobilizações conjuntas Central Única dos Trabalhadores (CUT), demais centrais sindicais, dos movimentos sociais e populares e UNE neste ano contra a reforma da Previdência, cortes na educação, as privatizações e toda a pauta do governo de Jair Bolsonaro.

Os protestos do Dia Nacional de Mobilização, Paralisações, Assembleias e Greves Contra a Reforma da Previdência, em Defesa da Educação Pública e por Empregos, foi convocado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação (CNTE).

Nos atos na capital mineira, os manifestantes contaram com o apoio do deputado federal Rogério Correia (PT) e da deputada estadual Beatriz Cerqueira (PT), que falaram tanto na concentração, no Hall da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) quanto na Praça da Estação, local de encerramento dos protestos.

As manifestações têm como objetivo manter a pressão sobre os parlamentares em suas bases, nos municípios onde eles moram e foram eleitos, nos aeroportos e no Congresso Nacional, para barrar, principalmente, a reforma da Previdência, cujo o texto base já foi aprovado na Câmara Federal e vai para análise no Senado. Das ações também faz parte a intensificação de coleta de assinaturas para o abaixo-assinado contra a reforma da Previdência porque é uma ferramenta importante de diálogo com a população.

Durante todo o dia, sindicatos e outras entidades, movimentos sociais, estudantis e populares realizaram atividades pela capital mineira e interior do Estado. As manifestações começaram logo cedo. Em greve geral, pela manhã, estudantes, trabalhadoras e trabalhadores participaram de debate sobre o projeto Future-se, que contou com presença de representantes da Reitoria e do Grupo de Trabalho na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). No início da tarde, se dirigiram para o Centro da capital mineira e para a Assembleia Legislativa.

Dirigentes do Sindicato Intermunicipal dos Trabalhadores na Indústria Energética (Sindieletro-MG), juntamente com a deputada estadual e presidenta da CUT/MG, Beatriz Cerqueira, mobilizaram eletricitárias e eletricitários e se concentraram na base do bairro São Grabriel para discutir a pauta da categoria, que foi entregue no final da tarde à Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig).

Trabalhadoras e trabalhadores da educação, também em greve, participaram de Conselho Geral e, depois, de Assembleia Estadual no pátio da ALMG, que teve como pautas o Regime de Recuperação Fiscal, proposto pelo governo de Romeu Zema, a reforma da Previdência e a defesa da educação pública gratuita e de qualidade.

Servidoras e servidores da saúde, convocados pelo Sind-Saúde/MG, se uniram à luta também pela manhã, e realizaram Assembleia Geral no Hall da Assembleia Legislativa. As categorias protestaram também contra os ataques às políticas públicas promovidos pelo governo federal e o Regime de Recuperação Fiscal do governo estadual. Na proposta do governador está a proibição de reajuste salarial, da valorização da carreira do servidor público, a falta de concurso público e a venda de empresas estatais.

Por volta das 16 horas, todas e todos se uniram na Praça da Assembleia de onde saíram em marcha inicialmente até a portaria principal da Cemig, para entrega da pauta do ACT 2019/2020 de eletricitárias e eletricitários, cujas reivindicações simbolizavam todo o funcionalismo público mineiro. Depois, os manifestantes seguiram para o Centro de Belo Horizonte, passando pela Avenida Amazonas, a Praça Sete e, finalmente, chegaram à Praça da Estação, onde realizaram mais um ato antes do encerramento das atividades.

Manifestações e atividades antecederam o Dia Nacional de Mobilização, Paralisações, Assembleias e Greves Contra a Reforma da Previdência, em Defesa da Educação Pública e por Empregos. Na terça-feira, 6 de agosto, data em que a Câmara dos Deputados analisou, em segundo turno, a proposta de reforma da Previdência, manifestantes tomaram a Praça Afonso Arinos, em Belo Horizonte. Eles se dirigiram para ato na Praça Sete, onde se uniram aos organizadores do Grito dos Excluídos, que estava sendo lançado no Centro da capital mineira com o tema "Este sistema não vale". O protesto foi convocado por CUT/MG, CTB, Sindifes, Fasubra, Sinpro-MG, Sind-UTE/MG, SindRede-BH, DCE-UFMG, APUBH, UNA e Fenet. Na segunda-feira (5) e na terça-feira (6), as entidades, juntamente com a Frente Brasil Popular, CSP Conlutas, CSB, Força Sindical, Intersindical e NCST panfletaram pela capital e o interior.

Fonte: CUT Minas

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