A substituição de Cledorvino Belini por Reynaldo Passanezi no cargo de diretor-presidente da Cemig, na segunda-feira (13), pode ter sido o início de uma “limpa” na empresa, para usar expressão de uma fonte interna. As novas mudanças no alto escalão devem ser conhecidas na próxima reunião do Conselho de Administração, ainda sem data confirmada. Mas a falta de transparência na empresa continua a mesma.
Desde o final do ano passado Os Novos Inconfidentes vem reportando uma crise na estatal, alvo de pressões políticas em função da permanência de membros ligados à administração Pimentel em cargos estratégicos. Essas pressões culminaram com a saída de Belini, que já havia confidenciado em dezembro a intenção de “chutar o balde”, como informado por nosso site.
Na realidade, a tal “limpa” ou troca de pessoas já pode ter começado na diretoria de Geração e Transmissão. O nome de Paulo Mota Henriques passou a constar como diretor da área no site da empresa após a troca de presidente. Aparentemente, trata-se de um novo integrante da cúpula. Mas não foi possível confirmar se ele assumiu junto com Passanezi. A assessoria de comunicação da estatal, a exemplo das secretarias do governo do Estado, não responde às solicitações do site. E olha que somos insistentes.
Nos últimos dias, a Cemig se negou a dar informações inclusive sobre as reuniões do seu conselho. Mas, sabe-se que na maioria das empresas controlados pelo poder público a periodicidade das reuniões costuma ser mensal. Se a Cemig seguir o mesmo padrão, seus conselheiros devem voltar a se reunir até meados de fevereiro.
Pelo visto, as mudanças na Cemig não chegarão às posturas da empresa com a imprensa. Ou seja, apesar da troca de executivos na direção, a estatal continuará acompanhando a política de transparência zero do governo Zema