Trabalhadores formam roda para debater ACT



Trabalhadores formam roda para debater ACT

Reunidos nas portarias das usinas, escritórios, bases operacionais da Cemig de várias localidades, os eletricitários estão discutindo a conjuntura do país, as condições de trabalho e levantando reivindicações para a pauta de lutas para a renovação do Acordo Coletivo de Trabalho 2014/2015. Para garantir maior envolvimento da categoria na discussão, o Sindieletro promove novas dinâmicas de grupo que favorecem a participação do trabalhador.

Em Betim, dezenas de eletricitários garantiram, na manhã desta quinta-feira, 14, uma reunião representativa para começar a debater as reivindicações da categoria. Na base, trabalhadores manifestaram preocupação com a construção de uma pauta representativa e, ao mesmo tempo, não muito extensa, que já começa a ser discutida.

Um eletricitário de Betim colocou como tema central a questão de saúde e segurança. “Os veículos da frota própria são antigos e estão em péssima condição, o que deixa a equipe que faz serviço de campo na mão e afeta a produtividade”, relata. Outro trabalhador considera urgente recompor o valor do vale refeição que, depois de anos sem correção, vale menos que o pago por empresas menores que a Cemig.

O diretor do Sindieletro, Ronei Cardoso, ressaltou que a mobilização e o envolvimento dos trabalhadores foram decisivos para a retirada da Proposta de Emenda à Constituição (PEC/68) que permitia ao governo do Estado privatizar a Gasmig e a Cemig. “Precisamos manter a mobilização para defender direitos do trabalhador na Cemig, como a saúde e segurança”, destacou.

Fazendo um balanço da relação da Cemig com a categoria no último ano, o coordenador do Sindieletro na Regional Metalúrgica, Jefferson Silva, reafirmou a importância de ampliar espaços de diálogo entre trabalhadores e empresa, a exemplo da experiência do Pacto pela Saúde e Segurança. Para Jefferson o fórum é uma experiência inédita do país, que serve de exemplo e laboratório para outras iniciativas de participação do trabalhador em debates sobre condição e relação de trabalho, dentro e fora da empresa.

“No entanto, o dirigente ressalta que, em outras áreas do ACT, não houve avanços como na cláusula da mobilidade interna que ele classifica como ‘conquista frustrada” do último acordo. “O número de pedidos de mobilidade registrado desde a assinatura do ACT é infinitamente maior que as solicitações atendidas”, ressalta Jefferson Silva.

O debate sobre a pauta será mantido em setoriais que estão sendo promovidas pelo Sindieletro em todo o Estado.

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