Trabalhadores entram com ação contra Eletrobras e MME por serem vítimas de ataques



Trabalhadores entram com ação contra Eletrobras e MME por serem vítimas de ataques

Trabalhador, o Ministério de Minas e Energia (MME) e a Eletrobras, usando das suas páginas oficiais no Facebook e Twitter, atacaram os empregados do Sistema Eletrobras. As postagens chegam ao cúmulo de atribuir o aumento de tarifa aos empregados dos quadros das empresas.

Em nota, o Coletivo Nacional dos Eletricitários – CNE -, que integra a FNU – Federação Nacional dos Urbanitários – questiona: Como pode o maior acionista de uma empresa ser responsável por depreciar a imagem dela?

Ação popular

Diante dessa conduta de falta de ética e de inverdades, as entidades que representam os trabalhadores do sistema Eletrobras ingressaram com ação popular, na quarta-feira (2/5), contra a propaganda negativa que está sendo feito pelo MME e a holding, inclusive com críticas aos funcionários.

A ação foi distribuída para a 4ª Vara Federal Cível de Brasília e tem como autores Fabiola Antezana (FNU/CNU/STIU-DF), Luiz Roberto de Carvalho Freire (FISENGE) e Lucio Pottmaier (INTERSUL).

Código de ética afrondado

“As publicações veiculadas tanto pelo MME, quanto pela Eletrobras atingem o Código de Ética da Eletrobras para com seus empregados e também para com o próprio mercado, uma vez que deprecia a imagem dos trabalhadores/as e, ao mesmo tempo, a imagem externa da empresa”, diz a nota do CNE.

Segue a nota: “No rol dos compromissos das empresas Eletrobras no exercício da governança corporativa com o mercado, um dos itens que se destaca é que a Eletrobras e suas empresas devem basear sua relação com os seus públicos de relacionamento na proatividade da comunicação, de forma precisa, correta, transparente e oportuna, disponibilizando informações tempestivamente ao mercado de modo a minimizar rumores e especulações.

Já nos compromissos entre as empresas Eletrobras e seus colaboradores: diretores, conselheiros, empregados, contratados, prestadores de serviço, estagiários e jovens aprendizes, a Eletrobras se compromete a tratar a todos e todas com cordialidade e respeito.

O que mais se estranha é que Eletrobras rasga o seu Código de Ética no dia do trabalhador(a) e volta a repetir aquilo que foi praticado pelo presidente da Eletrobras Wilson Pinto, quando chamou os empregados de vagabundos, inúteis, dentre outros impropérios, conduta essa que foi repelida pela Comissão de Ética Pública da Presidência da República e que motivou ação por danos morais na esfera trabalhista, que tramita na 19ª Vara do Trabalho de Brasília.”

Ato de desespero

Para a diretoria CNE/FNU, está claro que é um ato desespero do MME que “tenta de maneira sórdida desconstruir a imagem da Eletrobras e de seus empregados perante a opinião pública, ao mesmo tempo que tenta vender uma imagem positiva do seu Ministro (Moreira Franco), como se esse fosse o melhor executivo para área”.

Ainda durante toda esta quarta-feira (2/5), as ofensas e inverdades continuaram a serem proferidas nas páginas das redes sociais do MME. Para o CNE, isso demonstra a total irresponsabilidade com a coisa pública perpetrada pelo governo Temer, através do seu ministro de Minas e Energia.

Fonte: FNU/CUT

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