Trabalhadores Eletro Santa Clara fazem paralisação



Trabalhadores Eletro Santa Clara fazem paralisação

Os trabalhadores da Eletro Santa Clara, na região do Alto Paranaíba e Noroeste de Minas, paralisaram as atividades na tarde da segunda-feira, dia 07. E permanecem parados hoje, com disposição de manter a mobilização até que a Cemig resolva definitivamente as irregularidades trabalhistas e os altos riscos de acidentes impostos aos trabalhadores pela empreiteira Eletro Santa Clara.

A paralisação estende-se por inúmeras cidades atendidas pela Santa Clara e ganha forma a cada hora com novas adesões. A situação dos trabalhadores da empreiteira é insustentável. Os eletricitários sofrem há três meses consecutivos com o atraso dos salários, falta de pagamento do tíquete-alimentação e da ajuda moradia, sem falar que, de acordo com os empregados, não são pagas as horas extras e em seu lugar os trabalhadores recebem uma pequena parcela de produtividade das Unidades de Serviços realizadas (US´s) e, mesmo assim, muitas vezes em menor valor que o combinado com os trabalhadores.

A situação ainda é mais grave quando lembramos o altíssimo índice de acidentes de trabalho. Recentemente. os trabalhadores perderam seu companheiro de trabalho, Cloves, que faleceu enquanto trabalhava para a empreiteira. Antes dele, o eletricitário da Eletro Santa Clara, Lucio Nery, perdeu suas pernas e seus braços num acidente onde a empreiteira é responsabilizada por inúmeras irregularidades.

Atualmente, o corte de “custo” não atinge somente os salários dos trabalhadores e suas despesas, mas a segurança no trabalho. As últimas denúncias são de falta de EPI´s, caminhonetes totalmente sucateadas sendo impostas pela chefia às equipes de trabalho e a execução de trabalho sem aterramento, por falta dos mesmos e pressão dos supervisores da empreiteira.

A paralisação ganha força e os trabalhadores já deram o recado: querem salário digno e não produtividade, querem respeito as leis trabalhistas, horas extras pagas! Exigem plano de saúde e cumprimento das normas de segurança.

Infelizmente, a Cemig, ao invés de solucionar o problema, novamente opta por ações “paliativas”. O diretor da distribuição, Ricardo Charbel, com o intuito de colocar um fim na paralisação dos trabalhadores liberou o pagamento da empreiteira retido por falta de cumprimento às normas de segurança. Para a Cemig é mais importante colocar o trabalhador na rua atendendo sua demanda do que zelar pela segurança dos mesmos!

A paralisação continua e cresce. Os trabalhadores não admitem mais acidentes, mortes, mutilações, falta de pagamento e pagamento por produtividade. Exigem, acima de tudo, respeito!

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