Em Minas Gerais, os trabalhadores das empreiteiras que prestam serviços para a Cemig têm se mobilizado em várias greves em resposta à exploração desumana dessa força de trabalho
Enquanto a Cemig bate recordes de lucros, tendo alcançado em 2021 um lucro em torno de R$ 3,75bi (três bilhões e setecentos e cinquenta milhões de reais), conforme demonstrações financeiras já publicadas, na parte da geração dessas riquezas, principalmente no retorno que dão os trabalhadores das empreiteiras, a ordem é a precarização e exploração sem limites. A pretensão é sequer reajustar os salários dos trabalhadores das empreiteiras pela inflação, comprometendo o direito básico de acesso aos itens de alimentação, em tempos tão hostis da realidade brasileira.
A resposta não pode ser outra: é a insatisfação coletiva dos trabalhadores das empreiteiras, evidenciado por diversas greves que têm eclodido pelo Estado, em diversos movimentos de paralisação promovidos por esses trabalhadores. Enquanto, por um lado, os altos salários e as PLRs vultosas são realidades da alta gestão da Cemig e, para os acionistas, os bilionários dividendos, pelo outro lado, para os obreiros construtores dessas riquezas, restam apenas a mão pesada dos patrões na exigência de exaustivas jornadas e imposição de salários cada vez menores.
O momento é de união dos trabalhadores para romper com essa lógica de exploração e massacre da classe trabalhadora.
Na região Oeste, os trabalhadores da Remo já se mobilizaram numa resistência histórica com três paralisações; na região Norte, o movimento paredista foi deflagrado pelos trabalhadores da empresa Potência, esta também parou na região Noroeste. Na região Vale do Aço está prevista paralisação da Selt. E, em São João Del Rei, os trabalhadores da JM estão revoltados com a proposta da empresa de não cobrir nem as perdas da inflação. A resposta à JM será a deflagração de movimento grevista pelos trabalhadores a partir do dia 28 de março.
A luta dos trabalhadores é coletiva. É pela vida e pela dignidade no trabalho