O Sindieletro recebeu na última quinta-feira (16) a denúncia de que cerca de 15 trabalhadores da Terceiriza Serviços, lotados na Sede da Cemig, Anel Rodoviário e Cidade Industrial, foram chamados de volta ao escritório da empreiteira. Entre os trabalhadores, a avaliação é que, na prática, isso significa uma coisa: demissão.
O Sindicato apurou que a Terceiriza opera em regime de contrato emergencial com a Cemig. De acordo com informações recebidas pelo Sindicato, a remoção dos trabalhadores para o escritório ocorre porque a Cemig alega, no contrato de emergência, que o número de trabalhadores da Terceiriza é excedente para exercer as funções nas localidades.
Para o diretor do Sindicato, Moisés Acorroni, a alegação da Cemig de que o número de trabalhadores é excedente pode ser considerada, no mínimo, contraditória. “Essa história que o número de trabalhadores é excedente não condiz com a realidade. Vários eletricitários do quadro próprio foram transferidos para a sede. Na prática, isso significa que o trabalho vai aumentar”, explica.
Acorroni também lembra que, prestes a serem demitidos, os trabalhadores da Terceiriza enviados para o escritório podem ser mantidos para o novo prédio da Forluz, construído em frente à atual Sede da Cemig.
Na avaliação do diretor do Sindieletro, Marcio Correa, “a negociação para garantir o emprego dos trabalhadores tem que ser diretamente com a Cemig”. O Sindieletro já procurou a gerência responsável pelo contrato com a Terceiriza e vai cobrar da direção da Cemig uma solução rápida que garanta a manutenção do emprego dos trabalhadores. A nova gestão da estatal assumiu o compromisso de inaugurar novas relações de trabalho na empresa. Mas, se não romperem com a prática contratual de querer fazer “mais com menos”, os trabalhadores terceirizados vão pagar o pato com demissões e mais precarização.