Os trabalhadores da Terceiriza Serviços que atuam na unidade da Cemig no Jatobá cruzaram os braços nesta manhã e deram um recado claro: Não vamos voltar a trabalhar enquanto as horas extras que deveriam ter sido acertadas com o salário de junho não forem pagas.
Eles também denunciam que a empresa não está efetuando o depósito do vale transporte, só libera o contra cheque 15 dias depois do pagamento e efetua descontos indevidos no tíquete refeição. Os trabalhadores também apontam vários casos de desvio de função e que o pagamento de salários, que é feito no quinto dia útil, só é liberado depois das 19 horas.
Os trabalhadores elegeram uma comissão de cinco representantes e entregaram uma pauta de reivindicações a Terceiriza. Mas o advogado da empresa, Gustavo Leone, em vez de negociar para resolver o problema, procurou, a todo o momento, desqualificar a paralisação. Ele ainda fotografou o movimento, provavelmente para identificar e punir os trabalhadores.
O advogado alega que o atraso no pagamento das horas extras foi provocado pela mudança no programa que gera a folha de pagamento da Terceiriza. Mas ele não soube explicar porque os descontos nos salários são efetuados sem problemas.
Os trabalhadores reivindicam o pagamento imediato das horas extras, entrega dos contra cheques 48 horas antes do salário ser liberado, a regularização imediata do ticket refeição e do vale transporte, a garantia ampla para os cinco trabalhadores eleitos para representar a categoria e isonomia salarial em relação aos eletricitários da Cemig.
Reincidente
O histórico de irregularidades na Terceiriza Serviços é antigo e por várias vezes foi denunciado pelo Sindieletro. Mas a Cemig age como se não fosse co-responsável pela irregularidade, mantendo contrato com uma empresa que dá cano nos empregados, burla a legislação trabalhista e submete trabalhadores a situações degradantes.
O Sindieletro acompanha a paralisação dos trabalhadores e vai encaminhar a pauta de reivindicações e pedir a intermediação da Secretaria Regional do Trabalho.