Os servidores da Receita Federal aprovaram o início de uma greve nacional da categoria a partir da segunda-feira (27). Eles estão insatisfeitos com o orçamento público aprovado para o ano que vem, que cortou verbas destinadas para a instituição.
Além disso, o texto aprovado no Congresso Nacional não prevê recursos para reajustar os salários dos funcionários da instituição. Por outro lado, o presidente Jair Bolsonaro (PL) pratica aberta campanha pelo reajuste no salário de agentes policiais.
A decisão de entrar em greve foi tomada em uma assembleia geral dos trabalhadores com quase 4,3 mil participantes. Segundo o Sindifisco, entidade sindical que representa os trabalhadores da Receita, quase 100% dos servidores apoiaram a paralisação.
Os trabalhadores da Receita também manifestaram apoio aos funcionários que estão entregando seus cargos na instituição. Desde o dia 15 de dezembro, auditores de todo o país estão abrindo mão das funções de chefia em protesto contra a falta de reajuste. Essa mobilização se acelerou com a aprovação do Orçamento 2022 no Congresso Nacional sem a previsão de recursos para os servidores da Receita Federal.
Na sexta-feira, 24, o presidente Jair Bolsonaro disse que um reajuste aos funcionários da instituição teria um impacto pequeno nas contas públicas, e que o Ministério da Economia poderia ter incluído essa previsão no orçamento do ano que vem.
Segundo o Sindifisco, mais de 700 postos de chefia foram entregues na instituição, até o momento, em protesto contra os cortes no orçamento. Com a greve que começa na segunda-feira, os servidores da Receita vão fazer operação padrão nas aduanas, com exceção a alguns tipos de cargas, como medicamentos e insumos da saúde. A paralisação não deve afetar o trânsito de quem está em viagem internacional.
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Fonte: Brasil de Fato