Na luta para que o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo) pague o Piso Salarial do Magistério Público da Educação Básica, professores e professoras da rede estadual de educação aprovaram, em assembleia realizada na terça-feira (15), indicativo de greve a partir de 8 de março e um dia nacional de mobilização, no dia 16.
A assembleia, coordenada pelo Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE MG), aprovou a organização da luta a partir de dois eixos e estabeleceu um calendário de ações para pressionar Zema a cumprir a lei.
Eixos da luta
#ZemaPagueoPiso: manter o indicativo de greve pelo cumprimento do Piso Salarial da Educação!
#NãoaoRRF: Não existe Piso Salarial com o Regime de Recuperação Fiscal!
Calendário de luta
– 8 de março: Assembleia Estadual com indicativo de greve – Educadoras e Educadores em luta pelo Piso Salarial – Paralisação total das atividades.
– 16 de março: Dia Nacional de Paralisação com Conselho Geral e Assembleia Estadual
– Realizar atos públicos e na Cidade Administrativa
– Intensificar a mobilização com visitas às escolas e plenárias por setores da categoria.
A Coordenadora-Geral do Sind-UTE MG, Denise Romano, disse à reportagem do jornal O Tempo que a luta é fundamental para que Zema, que não apresentou nenhuma política de reajuste salarial, cumpra um direito constitucional.
“Nossa mobilização é fundamental para que o governo Zema cumpra com o piso salarial, que é um direito constitucional. Reforçamos que, além de não apresentar nenhuma política de reajuste salarial, o governo Zema, desde janeiro de 2019, já foi notificado dessa cobrança pelo Sindicato”, disse Denise Romaro.
“A Educação enfrenta um empobrecimento estrutural”, completou a dirigente.
De acordo com a Coordenadora-Geral do Sind-UTE/MG, o piso da categoria foi reajustado em 2022 e está em R$ 3.845,63, mas, o governo Zema paga aos professores cerca de R$ 2.135.
Por meio de nota, o governo de Minas informou ao jornal que "estão sendo discutidas as providências necessárias para cumprir o pagamento do novo piso salarial para os servidores da Educação, a partir do reajuste publicado pelo Governo Federal".
"Sobre o indicativo de greve da categoria, convocada pelo sindicato, em assembleia realizada nesta terça-feira (15), a Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais (SEE/MG) reitera que tem mantido um diálogo franco e aberto com representantes sindicais e que os canais continuarão abertos para que as reivindicações da categoria possam ser apresentadas e debatidas", concluiu a nota.
Fonte: CUT Brasil