O movimento de paralisação dos eletricitários do Sistema Eletrobras abrange, praticamente, todos os estados, com o início, nesta sexta-feira (28/1), da adesão dos trabalhadores da Chesf – Companhia Hidrelétrica do São Francisco.
Na quinta-feira (27/1), os trabalhadores da Eletrosul nos estados de Mato Grosso do Sul, Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul também se juntaram ao movimento de paralisação nacional. A greve dos eletricitários começou no dia 17/1, com a paralisação de Furnas, cresceu com a paralisação de outras unidades como Cepel, Eletronorte e Eletronuclear, na segunda-feira (24/1).
Os trabalhadores reivindicam plano de saúde justo, melhores condições de trabalho, contra as escalas abusivas e à ausência de testes de Covid na empresa, entre outras demandas. A intenção da estatal de aumentar de 10% para 40% o valor das alíquotas do plano de saúde, descontadas de seus contracheques. O aumento, que começa a vigorar já a partir de fevereiro deste ano, é parte do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), imposto à categoria.
A greve também é um protesto contra o processo de privatização da Eletrobras que prossegue em total desrespeito ao TCU (Tribunal de Contas da União), onde o referido processo se encontra ainda em apreciação, com pedido de vista do Ministro Vital do Rêgo. Todos os estudos apontam que consumado esse processo, haverá aumento de custos ao consumidor.
Intimidação aos trabalhadores da Chesf
Na noite da quinta (27/1), a Frune – Federação Nacional dos Urbanitários do Nordeste – emitiu nota de repúdio à intensão da Eletrobras/Chesf de tentarem intimidar os trabalhadores com ameaça de corte de ponto e fazendo alusão a um entendimento do TST de 2018 sobre uma eventual ilegalidade da greve.
Leia a Nota de Repúdio, CLIQUE AQUI
A FNU/CNU enfatiza que a greve é um instrumento legítimo do trabalhador na luta por seus direitos e repudia toda e qualquer forma de intimidação por parte da empresa.
ELETRONORTE AJUIZA AÇÃO DE DISSÍDIO COLETIVO DE GREVE, MAS JUSTIÇA NÃO CONSIDERA GREVE ABUSIVA
Também na quinta (27/1), o Sindinorte emitiu boletim informando que “Parte das entidades componentes do Sindinorte foram notificadas no dia de hoje, 27/01/2022, de que a Eletronorte ajuizou dissídio coletivo contra a greve dos trabalhadores/as do seu quadro. Contudo, ao verificar os autos, foi possível comprovar que a empresa não conseguiu o seu objetivo, que seria obter liminarmente uma confirmação de uma possível ilegalidade da greve”.
Canal de Denúncias
Está aberto um canal de denúncias para os trabalhadores do setor elétrico em greve, caso sejam vítimas de constrangimentos, assédio moral ou qualquer tipo de pressão para inviabilizar a adesão à greve. Para acessar o canal, basta clicar AQUI
A FNU e CNU estão apoiando o movimento dos(as) trabalhadores(as) e seus sindicatos que lideram a mobilização, assim como repudiam qualquer perseguição da empresa a um movimento legítimo.
A hora é de seguirmos unidos, solidários e no apoio ao movimento grevista.
Resistência na luta, até a vitória!
Fonte: FNU/CUT