Os três anos de luta, com salários sem reajustes e direitos ameaçados, até chegarmos à aprovação deste Acordo Coletivo certificam a unidade, a consciência de categoria e a responsabilidade como “marcas registradas” dos trabalhadores na Copasa. Em nenhuma outra categoria pode-se afirmar uma determinação tão segura para afirmarmos: “nenhum direito a menos”!
Os trabalhadores não venderam sua garantia de emprego por nenhuma chantagem patronal, mesmo sufocados por três anos sem reajuste de salários e nos benefícios sócio-econômicos. Por diversas vezes tivemos propostas que acenavam com reajustes abaixo do necessário e que pretendia abrir a possibilidade de demissão e de prejudicar direitos, como a PL Linear.
Seguimos uma linha de orientação que foi compreendida e reforçada pela postura de luta dos trabalhadores. Ganhamos a PL Linear de 2019 na Justiça, nos mobilizamos em reuniões de conciliação no Tribunal Regional do Trabalho (TRT-MG), com acompanhamento do Ministério Público do Trabalho e fomos, infelizmente, empurrados pelas iniciativas da direção da Copasa para um represamento sacrificante dos nossos salários sem reajustes. No entanto, os trabalhadores ficaram firmes, não se dobraram às artimanhas e pressões, até chegarmos a este momento em que a categoria aprova esta proposta de Acordo Coletivo pela imensa maioria das assembleias presenciais e também pela votação on line.
Estamos conscientes de termos vencido esta batalha para fazer justiça aos nossos direitos, mas sabemos que os desafios serão gigantescos a partir de agora e que exigirão uma vigorosa mobilização e luta nas próximas negociações da nova data-base em 1º de novembro.
PROPOSTA PARA ACORDO COLETIVO SUBMETIDA NAS ASSEMBLEIAS
Conforme informações veiculadas pelo Sindicato em «live» realizada na noite de 24 de janeiro, foi oficializada pela Copasa a proposta de Abono de R$ 635,00 a ser pago junto com a PL de 2020, que somado ao valor de R$ 3.160,00, perfaz R$ 3.795,00.
A direção do SINDÁGUA, apesar da condição injustamente imposta, considera os avanços globais para que a categoria aprove o acordo coletivo, colocando um ponto final na angústia de três anos de reajustes de salários represados e ameaças a direitos e à garantia de emprego.
Em negociações intensas no fim de semana e na segunda-feira, chegou-se a entendimento para superar demanda que colocava em risco o ajuste buscado pela categoria nos salários e demais pontos negociados para acordo.
O Sindicato alerta, no entanto, para a extrema necessidade de mobilização dos trabalhadores, para o processo de negociação futuro, na nova data-base de 1º de novembro/2022, para assegurarmos todos os direitos preservados até este acordo coletivo.
Tem direitos quem luta com unidade!
Fonte: Ascom Sindágua-MG