Nas várias setoriais de pré-pauta já realizadas, a participação e sugestões dos trabalhadores têm sido fundamentais para a construção de uma pauta de reivindicações representativa. A categoria quer dar um basta à falta de diálogo e no autoritarismo que se enraizaram na direção da Cemig e reconquistar o respeito e a dignidade. Os eletricitários sabem que é fundamental conseguir avanços, mas que, para isso, é primordial que cada trabalhador faça a sua parte para que a diretoria da empresa reconheça o valor do eletricitário para a Cemig.
O que precisa mudar na Cemig?
Na semana passada o Sindieletro perguntou à categoria o que mais incomoda os trabalhadores e o que precisa mudar na Cemig, veja abaixo algumas respostas dos eletricitários.
A resposta da categoria é direta: “Não acreditamos na política de RH da empresa”. “A Cemig precisa mudar, acabar com os apadrinhamentos”. “Depender das progressões derivadas de avaliação de desempenho é uma ilusão. Todos estão cansados de saber que a verba não é suficiente e que os vícios dessa ferramenta são difíceis de mudar”.
“Não aguento mais ser feita de idiota. Ser mero material de consumo. Receber em casa, em plena campanha pela renovação do Acordo Coletivo, duas cartas assinadas pelo mesmo “presidente”, com conteúdos antagônicos: uma exaltando os lucros, a divisão de dividendos, dizendo que somos o bem maior e outra nos pedindo compreensão para o momento crítico que a empresa atravessa, com necessidade de redução de custos, que temos que fazer mais por menos, que somos um custo que precisa ser otimizado”.
O dirigente sindical da sede, Marcelo Borges, acrescenta que a “campanha de renovação do Acordo Coletivo é o espaço para os eletricitários colocarem suas angústias e reivindicações. Quando não há negociação as expectativas dos trabalhadores são frustradas e o que fica é um sentimento ruim de que a empresa não valoriza seus empregados”.
Para o também diretor do Sindicato na unidade da rua Itambé, Carlos Augusto, as reivindicações, anseios e expectativas dos eletricitários estão expressas no Acordo Coletivo, mas, segundo ele, a postura da Cemig não incentiva o diálogo e a negociação.
O Tom
O compositor Zé Renato musicou que: “Quem tem a viola pra se acompanhar não vive sozinho nem pode penar”. O eletricitário não está sozinho. O tom da música, ou melhor, da campanha de renovação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT 2014/2015) quem vai dar é a categoria. Faça a sua parte! Participe das setoriais e envie sugestões para cinformacao.com.br.