Thadeu Carneiro (VPG) é demitido da Cemig e a real motivação ainda é desconhecida
Diante de tantas críticas e denúncias em relação a sua gestão à frente da vice-presidência de Geração e Transmissão (VPG), antiga diretoria de Geração e Transmissão (DGT), a motivação para a demissão de Thadeu Carneiro ainda é um mistério.
Denunciado pelo Sindieletro pelas reestruturações que prejudicaram vários processos de trabalho e sucatearam significativamente parte da manutenção de ativos da Geração e Transmissão, para nós o diretor da VPG vai tarde! Sabemos, no entanto, que não há boa expectativa para sua sucessão perante qualquer indicação alinhada ao governo Zema.
Na publicação do jornal Estado de Minas sobre a demissão de Thadeu Carneiro, nesta segunda-feira (13), é citado que ele “se negou a assumir o gerenciamento de barragens no Norte de Minas, que estavam na pasta da Secretaria de Planejamento. Oito barragens de usinas hidrelétricas estariam sob risco de rompimento. Por contrariar a decisão do governo mineiro, o presidente da estatal, Reynaldo Passanezi, dispensou o subordinado”.
A informação do jornal é mais uma das manifestações de tantas outras que possam ter motivado a demissão do VPG. Fato é que Thadeu Carneiro e sua política de gestão estavam destruindo a Geração e Transmissão da Cemig. Mesmo após sua saída, denúncias continuam chegando.
Recebemos a seguinte denúncia de um eletricitário: “É uma das faces mais cruéis do desmonte da Cemig. A gerência de expansão da Geração, herdeira do conhecimento da primeira equipe de engenharia da Cemig criada por JK na década de 50, está sendo extinta pouco a pouco nos últimos anos. Por exemplo: a equipe civil, que foi responsável pelo projeto e implantação de usinas hidrelétricas e grandes reformas de barragens, é reduzida dia após dia”, diz a mensagem.
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O trabalhador lembra que houve uma redução de aproximadamente 90% da equipe entre 2018 e 2024. “Em sua despedida, segundo as palavras do nobre diretor, ele é o responsável por profissionalizar a engenharia na Cemig. É óbvio que discordamos, mas fica claro que há uma diretriz de substituição de uma equipe mínima de engenharia própria por uma equipe terceirizada que atue apenas sob demanda. Claramente é redução de custos de pessoal”, completa.
A engenharia de expansão da Geração é reduzida dia após dia. Por exemplo, a engenharia eletromecânica de expansão: quando o governador Itamar Franco, após a saída da Southern (sócia "estratégica"), retomou a construção de usinas hidrelétricas, a gerência de expansão da Geração era composta por 38 empregados que acompanhavam etapas de projeto, inspeção, montagem e comissionamento de nove usinas em construção e duas grandes modernizações (UHE Três Marias e Jaguara).
Hoje, há apenas sete empregados entre técnicos, eletrotécnicos e engenheiros mecânicos e eletricistas. Todo o conhecimento especializado construído e transmitido década após década foi se dissipando. É paradoxal: a Cemig possui um plano audacioso de construção de novas usinas e, ao mesmo tempo, reduz o quadro de funcionários altamente especializados das equipes civil, elétrica e mecânica de expansão de Geração. Leva-se, em média, dez anos para a formação de um profissional especializado em construção de usinas. Como repor o quadro próprio?
O Sindieletro transmite o questionamento da categoria: por que Thadeu Carneiro foi demitido?
