Para a diretoria de Gestão Empresarial (DGE) da Cemig, os eletricitários terceirizados são praticamente invisíveis: recebem baixos salários; atuam em péssimas condições de trabalho, são super explorados pelas empreiteiras, tem direitos subtraídos e contam apenas com o apoio do Sindieletro e a solidariedade dos trabalhadores do quadro próprio.
Mas como diz a expressão popular que “maldade pouca é bobagem”, a Cemig volta a discrimi- nar esses trabalhadores: a partir do dia 2 de janeiro, somente os eletricitários do quadro próprio poderão embarcar no transporte coletivo da Cemig na Região Metropolitana de Belo Horizonte, devendo se identificar ao motorista mediante apresentação de crachá e assinatura da lista de embarque.
O gerente de Gestão Estratégica, Vander Oliveira, emitiu comunicado aos trabalhadores, nesta quarta-feira (28) sobre a mudança do contrato para prestação do transporte coletivo. Faltou sensibilidade da gestão “estratégica” que só pensa em reduzir despesas, mesmo que isso prejudique aqueles que mais precisam. Quem antes era praticamente invisível, agora vai ser notado apenas para ser impedido de entrar no ônibus.
O Sindieletro repudia a decisão da Gerência de Gestão “Estratégica” e apela para o bom senso do gestor, que com certeza não tem que acordar cedo para pegar ônibus lotado.