Os trabalhadores da Energisa que prestam serviços para a Cemig tiveram uma desagradável surpresa na manhã de ontem, dia 22. Alegando prejuízos, a empresa rompeu, unilateralmente, o contrato com a Cemig e demitiu todos os trabalhadores, alguns com menos de seis meses de serviços, portanto, sem direito ao seguro desemprego.
A Energisa atua em vários locais da Cemig com serviços de manutenção, teste de equipamentos de rede, subestações e usinas. Para ganhar a concorrência a empresa jogou os preços dos contratos para baixo, mas mesmo assim esperava obter lucros. Para isso, a estratégia utilizada pela empresa foi explorar os trabalhadores com baixos salários e exigir produtividade extrema.
Somente no Quarteirão 14 mais de 50 trabalhadores foram dispensados. Esta é a lógica perversa da terceirização na Cemig, onde quem realmente fica no prejuízo são os trabalhadores.
Agora, a Cemig está com um grande problema para resolver já que os trabalhadores do quadro próprio foram afastados das funções e o serviço foi entregue para a Energisa. Um novo contrato, com outra empresa, pode demorar até 60 dias para ficar pronto. Enquanto isso os equipamentos vão ficar sem manutenção?
Também não há garantia de que os ex-trabalhadores da Energisa serão reaproveitados. O Sindieletro está acompanhando o caso para garantir todos os direitos dos eletricitários.