“Temos um governo do estado que não apoia o audiovisual”, afirma sindicalista



“Temos um governo do estado que não apoia o audiovisual”, afirma sindicalista

 

Não são somente os trabalhadores da Empresa Mineira de Comunicação que estão insatisfeitos com a gestão cultural em Minas Gerais. Há tempos, os produtores audiovisuais do estado colecionam uma série de reclamações sobre as ações ou omissões do governo de Romeu Zema (Novo), sobretudo da Secretaria de Cultura e Turismo.

Recentemente, cerca de 400 trabalhadores e entidades do setor organizaram uma Carta Manifesto e denunciaram o não cumprimento da Lei do Audiovisual (Lei nº 23.160/2018), que se aplicada seria uma importante vitória para a categoria. Outra reivindicação do setor é em relação ao Programa de Desenvolvimento do Audiovisual Mineiro (Prodam), que ainda não saiu do papel.

“Após 2018, iríamos começar a discutir sobre como desenvolver o audiovisual no estado, mas tudo isso foi cessado”, explica Guilherme Fiuza Zenha, presidente do Sindicato da Indústria do Audiovisual de Minas Gerais (Sindav/MG).

O estopim para a elaboração da Carta Manifesto foi a divulgação de um novo edital para substituir parte do certame do Exibe Minas, que depois de se arrastar por 16 meses, foi cancelado em dezembro do ano passado. O anúncio aconteceu durante a Mostra de Cinema de Tiradentes, em janeiro de 2022. “Um governo que já está em seu último ano e nunca ouviu ou ofereceu propostas para a área. Temos um governo que não apoia o audiovisual”, desabafa o sindicalista.

Mesmo com a divulgação do manifesto, os trabalhadores afirmam que não houve nenhuma iniciativa ou aceno da Secretaria de Cultura para debater sobre as pautas da categoria. “O caminho que existe para o Brasil em várias questões é gerar renda com audiovisual. Audiovisual não polui, não gera barragens, como faz a mineração e a siderurgia”, critica Fiuza.

Segundo levantamento do Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais, o estado detém hoje 669 produtoras brasileiras independentes registradas na Agência Nacional de Cinema (Ancine), sendo que 290 delas estão no interior e 379 em Belo Horizonte.

Fonte: Brasil de Fato (MG), por Amélia Gomes

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