Surtos de covid-19: o que a Cemig está fazendo?



Surtos de covid-19: o que a Cemig está fazendo?

 Na última semana, recebemos a notícia de mais duas perdas por covid-19 entre os trabalhadores: Carlos Alexandre, da contratada Potência, e Adenício Gonçalves, do quadro próprio da Cemig. As mortes, que coincidem com a segunda onda do coronavírus no Brasil, reacendem o debate sobre os protocolos de segurança utilizados pela Cemig para proteger seus funcionários.  

Carlos Alexandre atuava em Paracatu, e Adenício trabalhava no CRIU Uberlândia. Ainda em 2020, em Uberlândia, a chefia dos terceirizados da Gerência de Expansão e Manutenção Preventiva da Média e Baixa Tensão da Distribuição Triângulo (EM/TR) exigiu o retorno ao trabalho presencial, mesmo com a ocorrência de alguns casos de covid-19 pipocando na época. A preocupação era a suposta queda de produtividade dos trabalhadores que estavam em casa. 

Mas a resposta negativa logo chegou: dois funcionários testaram positivo para Sars-CoV-2, um deles é supervisor. Abriu-se, então, a possibilidade de trabalhar em casa para o pessoal dos grupos de risco. No entanto, os protocolos de segurança adotados pela Cemig são questionáveis. Um dos trabalhadores relata que, ao tomar conhecimento do adoecimento de um cemigueiro, a Cemig enviou todos os que tiveram contato com o trabalhador para casa. Mas quando aconteceu com um terceirizado, apenas o funcionário infectado foi liberado. Afinal, questionamos, os protocolos estão sendo seguidos ou não? Por que esta diferenciação?  

Também nos foi informado que o distanciamento social não está sendo respeitado, pois as unidades estão operando com capacidade máxima. Após as últimas notícias, os trabalhadores devem adotar uma medida de afastamento do trabalho em semanas intercaladas. Metade dos trabalhadores ficará em casa, enquanto a outra metade segue em regime presencial. Na semana seguinte, é feita a troca, e assim por diante.  

Atualmente, cerca de seis trabalhadores estão afastados por terem testado positivo para a doença. Mas é fato que os contratados se sentem mais frágeis nesta situação, pois o pessoal do quadro próprio tem a opção de ir para casa. Fica a pergunta: se existe um comitê instaurado para tratar sobre a covid-19, por que as regras não estão sendo cumpridas à risca?  

E mais: por qual razão não participamos das discussões sobre prevenção e tratativa dos casos? É importante lembrar que a doença escala em alta velocidade no país. Nesta quinta-feira (11), Minas Gerais registra mais de 790.000 casos confirmados, com mais de 16.000 óbitos. No Brasil, são quase 10 milhões de casos e mais de 230.000 mortos. Como podemos proteger os trabalhadores e suas famílias sem sabermos, com clareza, os protocolos e sua execução?  

 Continuamos cobrando não só os dados, mas medidas debatidas e negociadas com o Sindieletro para a proteção à vida e à saúde dos eletricitários e eletricitárias. 

 

Sindieletro Contra Covid 

Sindieletro criou um hotsite exclusivo para reunir informações sobre a pandemia e orientações aos trabalhadores. Acesse: www.sindieletrocontracovid.com.br 

Também construímos um especial sobre o nexo causal do adoecimento por covid-19 e as vivências de trabalho: https://www.sindieletrocontracovid.com.br/noticias/categories/nexo-causal 

No nosso Instagram, temos diversas séries sobre o uso correto da máscara e outras utilidades. Confira o destaque “Coronavírus”: http://instagram.com/sindieletro 

E enviamos a newsletter Boletim Coronavírus todas as terças-feiras pelo whatsapp. Mande um oi e peça para receber, clique aqui. 

 

item-0
item-1
item-2
item-3