Subestação inacabada expõe trabalhadores ao perigo



Subestação inacabada expõe trabalhadores ao perigo

A Subestação Compacta Integrada (SECI) Carmo da Mata 2, na zona rural, foi inaugurada no papel. Mas na prática, é uma armadilha para trabalhadores e um desastre ambiental em potencial. 

A Cemig e suas contratadas ligaram os equipamentos sem cumprir sequer as exigências mínimas de saúde, segurança e controle ambiental. É a cara do desmonte: priorizar cronogramas e lucro em detrimento de vidas e do patrimônio natural.

  1. Bacia sem caixa separadora: o relógio da catástrofe está rodando

Os 17 mil litros de óleo isolante armazenados ali são uma bomba-relógio. A caixa separadora de água e óleo simplesmente não existe, deixando o solo e os cursos d’água vizinhos à mercê de uma contaminação massiva. Além disso, o risco de incêndio é real. Isso não é descuido. É irresponsabilidade criminosa.

  1. Trabalhadores entregues ao perigo como peças descartáveis

Quem pisa naquela subestação enfrenta uma sequência de violações trabalhistas absurdas:

  • Sem casa de apoio, sem banheiros, sem água: condições dignas viraram luxo, e o trabalho virou tortura;
  • Chão esburacado e valas expostas: armadilhas perfeitas para quedas e ferimentos graves;
  • Água parada acumulada: um convite aberto para mosquitos e surtos de doenças.

A gestão brinca com vidas como se fossem fichas de um jogo de azar.

  1. Cimento e portão não garantem segurança

A empresa cercou o perímetro, fechou o portão e quis dar ares de obra concluída. Mas a maquiagem não esconde o caos: infraestrutura precária, equipamentos de segurança ausentes e condições mínimas de trabalho ignoradas. A fachada não protege ninguém. O desastre não é só anunciado, é orquestrado.

Os trabalhadores que executam tarefas na SE Carmo da Mata 2 merecem respeito! Não vamos tolerar que esse crime continue acobertado. Essa denúncia precisa ecoar. Cada omissão custa vidas, e quem se cala se torna cúmplice.

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