Solidariedade acima da barbárie



Solidariedade acima da barbárie

O Sindieletro tem se reunido com autoridades, mobilizado a opinião pública e utilizado as redes sociais para denunciar a truculência da direção da Cemig com os trabalhadores que estão acorrentados na sede da empresa. E a solidariedade aos trabalhadores concursados da Cemig Serviços aumenta a cada dia.

Nesta quarta-feira, 18, a diretoria do Sindieletro estará nas portarias da Cemig, na Região Metalúrgica, realizando setoriais e preparando grande ato de apoio aos trabalhadores concursados da Cemig S.

A solidariedade também é importante para fortalecer a luta da categoria pela distribuição justa na PLR e pelo Acordo Coletivo de Trabalho que ainda não fechou, além do novo ACT 2013/2014.

Cena chocante na Sede da Cemig

Na terça-feira (17), o Sindieletro, junto com lideranças sociais, sindicais e parlamentares, realizou ato na sede da Cemig contra o isolamento e o desrespeito aos trabalhadores. Ao invés de liberar as entradas do edifício, nas avenidas Barbacena e Alvarenga Peixoto, a empresa obrigou os trabalhadores que chegavam ao edifício a passarem pela garagem, local perigoso, com grande fluxo de veículos, iluminação precária, rampa para pedestres estreita e sem guarda corpo.

Após muita pressão, na hora do almoço, a Cemig liberou uma pequena passagem para eletricitários e visitantes pela rua Alvarenga Peixoto. Essas pessoas que atravessaram o corredor improvisado se impressionaram com o que viam: trabalhadores acorrentados e isolados por tapumes, com todas as luzes apagadas, como se estivessem numa cela solitária criada dentro da Cemig. Muitos eletricitários da Sede ficaram envergonhados com a situação que a Cemig impõe aos eletricitários que reivindicam apenas o direito ao emprego.

Apesar de abalados emocionalmente, os trabalhadores acorrentados agradeceram o apoio dos eletricitários e do Sindieletro. Eles deixam claro que estão dispostos a continuar o protesto enquanto não conseguirem a transferência para a Cemig Distribuição.

Vexame

Desde o início da ocupação, em 10 de setembro, os coronéis reformados que fazem a segurança da Cemig agem como se a ditadura militar não tivesse acabado. A energia foi cortada, a limpeza do saguão suspensa e as duas portarias de acesso à Sede foram lacradas. Confiscaram os celulares dos eletricitários acorrentados e só devolveram após cobrança por parte do Sindicato. A empresa continua proibindo trabalhadores de receberem qualquer visita e de tomar banho de sol.

Na terça-feira, uma comissão formada pelos deputados estaduais Durval Ângelo e Rogério Correia, o deputado federal Nilmário Miranda e pela direção do Sindieletro se reuniu com o presidente da Cemig, Djalma Morais, para cobrar respeito e negociação com os trabalhadores. Os deputados constataram a situação degradante imposta aos eletricitários acorrentados. Imediatamente a Cemig providenciou a ligação de uma tomada elétrica, destrancou e mandou limpar os banheiros, uma atitude vergonhosa, típica de quem não se preocupa com o ser humano.

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