Devido aos constantes atrasos de salários, tíquetes e vales transportes pela Nexus, empreiteira que presta serviço de correios na Cemig, foi realizada na quinta-feira,
8, mais uma reunião de mediação no Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
Os atrasos de pagamento vêm ocorrendo desde outubro de 2017 e a situação dos trabalhadores está insustentável. Já foram diversas conversas com a gerência, gestores
responsáveis e reuniões no MTE. Como resultado destas reuniões, a Cemig chegou a realizar pagamento de salários com cheques nominais para os trabalhadores.
Na reunião, foram definidas algumas datas para que a Cemig e a Nexus cumpram suas obrigações. Mas, entre os trabalhadores, é grande a insegurança, uma vez que os problemas vêm se arrastando.
Para o Sindieletro, a Cemig, enquanto corresponsável e diante de várias ocorrências, já deveria ter rompido com a Nexus por descumprimento de contrato e chamado outra empresa para assumir os serviços dos correios, inclusive com a garantia de manutenção dos trabalhadores, já que estes são vítimas e não culpados por todo este processo.
É inaceitável que diante de todo o constrangimento para os trabalhadores, alguém ainda tenha a coragem de fazer ameaças, e dizer que, “somente pretendemos ficar com quem estiver disposto a trabalhar”. Muito pelo contrário, os trabalhadores da Nexus, mesmo com todos estes problemas e dificuldades, até para se deslocar para o trabalho na Cemig, já que “muitas vezes, nem mesmo o vale transporte eles recebem”, estão sempre dispostos a desempenhar com afinco suas atividades.
O Sindieletro repudia os atrasos de salários e benefícios dos empregados da Nexus e não aceita retaliações contra os trabalhadores e trabalhadoras. “Esse posicionamento [ficar com quem estiver disposto a trabalhar] já foi tratado com o diretor de Gestão Empresarial (DGE), José Lins Neto, que nos afirmou, inclusive, que todos os trabalhadores e trabalhadoras seriam mantidos na nova empreiteira”.