O Sindieletro iniciou nesta semana uma série de reuniões setoriais no Estado para avaliar com a categoria as negociações com a Cemig para a renovação do ACT 2014/2015 e debater sobre mudanças na Forluz, com a convocação dos trabalhadores para as assembleias que vão deliberar sobre a proposta de alternações no Plano B da Fundação, nos dias 04 a 18 de maio. A PL 4330 e o 1º de Maio- Dia do Trabalhador – também estão sendo pontos de pauta, entre outros assuntos.
Na Grande BH, os eletricitários que participaram das setoriais realizadas na manhã desta terça-feira (28), nas unidades do Anel Rodoviário (AR) e Quarteirão 14 (Q.14), fizeram um minuto de silêncio em memória aos trabalhadores vítimas de acidentes de trabalho que morreram e ficaram mutilados.
Neste 28 de Abril, trabalhadores do mundo inteiro estão realizando atos, protestos e debates para marcar o Dia Mundial em Memória das Vítimas de Acidentes de Trabalho.
O diretor do Sindieletro, Jefferson Leandro Teixeira Silva destacou que o presidente da Cemig, Mauro Borges, comprometeu-se com a meta de acidente zero, “mas, para isso acontecer, tem que acabar com a terceirização na empresa”.
Cemig debate, mas demora para responder
Os eletricitários do AR avaliaram que o diálogo e as negociações com a atual diretoria da Cemig de fato melhoraram, hoje os representantes da empresa ouvem e debatem as reivindicações da categoria. No entanto, quando se espera respostas da Cemig, a situação é de demora. “Os representantes da Cemig na mesa de negociação escutam nossos argumentos, debatem as reivindicações, depois levam as nossas demandas para a diretoria e superintendentes, e é nesse ponto que a gente vê que precisamos evoluir, a empresa não está nos respondendo com a rapidez necessária”, disse o diretor Jair Gomes Pereira Filho. Ele lembrou que o Acordo Coletivo precisa ser fechado antes que se inicie nova campanha salarial, no segundo semestre.
O dirigente Jefferson Leandro criticou que gerentes e superintendentes e o Jurídico da Cemig precisam mudar a postura nas relações de trabalho. Segundo ele, a gestão da Cemig mudou e os gerentes e superintendentes precisam acompanhar. Ele avaliou que, do jeito que andam as negociações, a sensação que fica é de que há gestores apostando no desgaste .
O Sindieletro destacou que a pauta econômica dos trabalhadores é importante, mas a categoria não pode esquecer que há outras pautas também fundamentais que devem ser discutidas e atendidas pela Cemig, como as reivindicações sobre saúde e segurança, primarização, PCR e as demandas dos locais de trabalho apresentadas pelos trabalhadores
Plano B da Forluz
O diretor Arcângelo Queiroz esclareceu sobre a proposta de mudanças no Plano B da Forluz (leia o jornal Chave Geral 773, que começou a circular nesta terça), destacando que elas são prejudiciais à categoria. Ele lembrou que em 1997, quando a Fundação mudou o plano de previdência complementar, o Sindicato e os representantes dos participantes na Forluz negociaram a garantia de que no Plano B não haveria o voto de minerva para decidir sobre mudanças nas regras da aposentadoria dos eletricitários. “Hoje, para aprovar qualquer mudança prejudicial aos participantes ativos e aposentados, é preciso o voto de pelo menos um dos representantes eleitos pelos participantes. Se qualquer representante eleito votar a favor das mudanças, seremos todos prejudicados”, advertiu.
Arcângelo convocou os trabalhadores para as assembleias que serão realizadas nos dias 04 a 18 de maio para deliberar sobre as mudanças propostas no Plano B. “Sempre foi nossa prática deliberar com os trabalhadores ativos e aposentados as propostas de mudanças na Forluz”, lembrou.
O coordenador geral do Sindieletro, Jairo Nogueira Filho, alertou também que há risco real dos participantes da Forluz serem prejudicados com a proposta de mudança no Plano B. “Por isso, vamos nos mobilizar, participem das assembleias”, justificou.
PL 4330
Jairo também convocou os trabalhadores a se mobilizarem contra o PL 4330 e participarem das atividades do Dia do Trabalhador. O 1º de Maio, acrescentou, é um momento para os trabalhadores debaterem suas condições e relações de trabalho, para lutar por avanços. A data será também um momento para ampliar as lutas contra o PL 4330, “que é um coice contra os trabalhadores, um risco enorme de terceirizar tudo no país, tirando empregos e direitos”.