No dia 13 de fevereiro, representantes dos eletricitários e da Cemig participarão da primeira reunião para construir o Pacto pela Saúde e Segurança. Antes, em 1º de fevereiro, o Sindieletro promoverá o Seminário sobre linha viva, que ajudará a orientar os compromissos a serem firmados com a direção da Cemig e cumpridos pelo setor de Segurança do Trabalho, Saúde e Bem-estar da empresa (Sesmt).
Todos os eletricistas da linha viva e do plantão estão convidados a participar dos debates na sede do Sindicato, sábado,1, de 08h30 as 18 h.
Importância do Pacto
O Pacto que começa a ser construído vai debater acidentes fatais e graves que deixam trabalhadores com sequelas e o alto percentual de eletricitários com doenças relacionados ao trabalho.As reuniões vão discutir as mudanças no processo de trabalho na Cemig, buscar eficácia no mapeamento de riscos e de práticas que precisam ser eliminadas para acabar com acidentes graves e fatais na empresa.
O ano começou trágico para os eletricitários e confirma a urgência desse debate. Em apenas 24 horas - entre 9 e 10 de janeiro - ocorreram dois acidentes gravíssimos com trabalhadores a serviço da Cemig, um do quadro próprio e outro de empreiteira.
Opinião do especialista
O engenheiro José Amaro Barcelos de Lima, que está concluindo a pesquisa de mestrado sobre a participação dos sindicatos e dos trabalhadores nas políticas de saúde e segurança, participará do seminário. Ele destaca a importância da conquista do Pacto pelos eletricitários.
Para o engenheiro a maioria das empresas ainda mantém o pensamento equivocado de que, sozinhas, detém o domínio sobre as ações de segurança. “Mas, quando o Sindicato entra nessa interlocução e o trabalhador ganha voz, percebe-se o valor do conhecimento real dele sobre a execução das tarefas e a prevenção de acidentes de trabalho ganha muito em qualidade”, diz o diretor do Sindicato dos Engenheiros do Rio de Janeiro.