Sindieletro protesta contra a reforma administrativa e o reajuste de 298% no salário de Zema



Sindieletro protesta contra a reforma administrativa e o reajuste de 298% no salário de Zema

O protesto começou nesta manhã de terça, em frente à ALMG, que deve votar hoje o aumento de quase 300% no salário do governador Romeu Zema. O coordenador-geral do Sindieletro, Emerson Andrada, manifestou-se durante o ato e disse que o Sindieletro, junto com o funcionalismo, está na luta contra escárnio de Zema com a população mineira ao propor aumento de quase 300% no seu salário. "Nesse cenário, lembramos que a população mineira foi enganada pelo governador. Durante a eleição de Zema, a propaganda dele era que  doaria o seu salário a instituições de caridade enquanto os servidores não tivessem salário digno. Agora, sem oferecer salário digno aos servidores, o governador Zema triplica o seu salário. O povo acreditou no governador que, embora rico, fez o papel de pessoa simples", afirmou.

Segundo Emerson, a população mineira foi enganada, mas a ALMG não foi enganada. Ele cobrou que a ALMG precisa dar resposta ao povo mineiro. "Os politicos, deputados e deputadas,  sabem quem é o governador Zema. Se durante o primeiro mandato dele a Assembleia Legislativa colocou limites para o governador, agora precisa fazer isso de novo, para que Minas respeite as regras da democracia e da liberdade. Os deputados e as deputadas são responsáveis por colocar limites ao governador, que acha que o poder do voto dado a ele é também o poder imperial e ditatorial. Estamos aqui no ato para dar o recado e dialogar com deputados e deputadas. O poder de voto dado a Zema não é imperial, não é ditatorial. Os movimentos sociais e sindicais estão aqui presentes para impedir que Zema transforme o Estado de Minas Gerais em uma extensão das suas empresas", finalizou.

 

Confira a matéria da CUT Minas:

Protesto contra a reforma administrativa e o reajuste de 298% no salário de Zema 

A Central Única dos Trabalhadores de Minas Gerais (CUT/MG) convoca a toda base CUTista no Estado, servidoras e servidores públicos para a luta contra a reforma administrativa do governo de Romeu Zema (Novo). Está previsto que o projeto de lei 358/2 entre na pauta da Assembleia Legislativa (ALMG) nesta semana. Nesta terça-feira, 4 de abril, também entra na pauta o PL 415/23, que reajusta em 298% os salários do governador e do secretariado. Em protesto contra as duas propostas, servidoras, servidores e apoiadores vão realizar manifestações unificadas a partir das 9 horas na ALMG.

Zema mostrou ao longo do seu governo que está de fato comprometido apenas com as elites, enquanto despreza os servidores, persegue as entidades sindicais e não poupa esforços para retirar direitos do funcionalismo. ️Agora chegamos ao limite do escárnio com todo funcionalismo.

A proposta de reforma administrativa, que o governador apresentou para ser aprovada em caráter de urgência até a próxima semana, é um ataque frontal ao funcionalismo e à prestação de serviços públicos, pois altera carreiras e dá amplos poderes ao governo estadual para terceirizar e privatizar a saúde, a educação e privatizar empresas públicas.

“Estamos acompanhando um debate muito importante e perigoso para a classe trabalhadora, aqui na Assembleia Legislativa. O governo Zema trouxe para cá uma proposta de reforma administrativa que altera, e muito, as carreiras em Minas Gerais. Por exemplo, o projeto facilita a privatização da saúde e da educação. Se for aprovado, nós teremos escolas e postos de saúde privatizados. Vocês que são da Polícia Civil e da Polícia Penal terão as carreiras alteradas com esta proposta. O PL 358/23 facilita também, e muito, as privatizações da Cemig e da Copasa”, afirma o presidente da CUT/MG, Jairo Nogueira Filho, que participa das audiências públicas na ALMG.

“É importantíssimo que vocês saibam o que está acontecendo na Assembleia Legislativa e venham pra cá, porque o debate continua nesta quinta e nesta sexta-feiras. E o governo vai tentar colocar em votação ainda nesta semana para a aprovar na próxima semana a reforma administrativa. Que depois de aprovada vai mudar as carreiras do funcionalismo público estadual e das estatais. Por isso é preciso que estejamos juntos nesta luta e debatendo. Têm vários informes nas redes sociais postados pela Central e pelos sindicatos. A grande mídia não está divulgando o assunto, está segurando o tema. E o governo Zema está aqui com seus deputados para tentar tratorar e aprovar a sua proposta. Companheiras e companheiros venham para a Assembleia, façam a discussão com seu sindicato para que a gente possa se organizar e barrar a reforma administrativa. E trazer para a Assembleia uma discussão que de fato interesse ao povo mineiro.”, reforçou o dirigente.

Fonte: CUT Minas

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