O Conselho Deliberativo do Sindieletro está reunido desde a quinta-feira (07) para discutir a Campanha de Renovação do ACT 2016/2017 e fazer uma análise da conjuntura política e econômica atual de ataques aos direitos dos trabalhadores, além de tratar do cenário do setor elétrico e da Cemig. A reunião prosseguirá até o sábado (09), quando a pré-pauta de reivindicações deverá ser definida e aprovada, com as propostas tiradas nas centenas de setoriais realizadas recentemente pelo Sindicato. E a partir da semana que vem os eletricitários serão convocados para assembleias visando a definição da pauta.
Nesta sexta-feira a diretoria colegiada do Sindieletro discute a gestão da Cemig e do governo Fernando Pimentel.
O economista do Dieese, Carlos Machado e a assessoria Lilian Arruda Marques, também do Dieese, analisaram na reunião da quinta-feira o impacto da mudança da matriz energética, o avanço do mercado de energia livre (não regulada) no Brasil, marco regulatório e medidas privatistas do governo Temer sobre o setor e a Cemig.
Carlos Machado destacou as mudanças introduzidas pela MP 735, que viabiliza a privatização da Eletrobras e de outras empresas elétricas. Ele também apontou riscos contidos no Projeto de Lei 257 relacionado à renegociação das dividas dos estados em troca de ativos de estatais, ameaçando o futuro de empresas do setor, incluindo a Cemig.
Já Lilian Arruda apontou dificuldades após a eleição presidencial acirrada em 2014, com a adoção de uma agenda conservadora em Brasília, que só piorou com a instauração do governo provisório.
ACT
Os dirigentes sindicais também debatem pontos da pré-pauta de reivindicações levantada nas setoriais. As demandas estão relacionadas à saúde, segurança, primarização, PCR, itens econômicos, PLR e sentença normativa, dentre outros.