Todo mundo sabe que a luta do Sindieletro-MG é por empregos e serviços de boa qualidade, e que, para isso, a Cemig precisa permanecer uma estatal. Afinal, a privatização irá precarizar os serviços e atingir, principalmente, a parcela mais vulnerável da população.
Tem gente que ainda não acredita. Mas, infelizmente, sempre temos exemplos. O mais recente é o que está acontecendo no Estado do Amapá desde a última terça-feira (3). Treze dos 16 municípios estão sem energia há seis dias. Apenas um transformador voltou a funcionar, e, até esta segunda-feira (9), está havendo um rodízio.
São mais de 750 mil pessoas vivendo no escuro. Não há água encanada nas casas, e a população está tomando banho nos rios. Hospitais estão funcionando apenas por conta dos geradores (durante uma pandemia, onde os casos mais graves precisam de respiradores mecânicos).
Os supermercados estão ficando sem mantimentos e os postos de gasolina não têm geradores, logo, não conseguem abastecer. O que está na geladeira estragou, mas os caixas eletrônicos e máquinas de cartão não funcionam. A população não consegue pagar as compras.
O Amapá não tem ligação terrestre com nenhum outro Estado do país. Não há energia para usar a internet. Ainda por cima, o Estado vive a segunda onda de uma pandemia histórica. Mas,peraí: por que é que isso está acontecendo? Houve um incêndio na subestação de energia de Macapá.
Quem é dona e operadora da linha de transmissão de 500 kv Tucuruí-Macapá-Manaus é a empresa espanhola Isolux. E a empresa privada não consegue trocar o transformador que pegou fogo, pois não tem outro para colocar no lugar. O segundo gerador estava inoperante, e o terceiro estava em manutenção. Ou seja: o sistema caiu por falta de manutenção adequada.
Uma empresa estatal é obrigada a ter um gerador reserva. Mas a privada, não. Quem está tentando resolver o problema, pasme!, é a empresa pública Eletronorte (do grupo Eletrobras). Na sexta-feira (6), o Ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, disse que pretende restabelecer toda a energia no Amapá em até 10 dias. Isso mesmo: dez dias sem luz.
Energia elétrica é necessidade básica. Veja todos os problemas causados quando uma empresa não tem o comprometimento que uma estatal tem com a população. Não vale privatizar! Energia não é mercadoria! Compartilhe para que mais pessoas saibam sobre o caso.
Com base em informaçaões do SINPRO-D, G1 e Ministério de Minas e Energia.