O Sindieletro entregou, na tarde desta quarta-feira, 16, a pauta de reivindicações dos eletricitários para a renovação do Acordo Coletivo de Trabalho 2013/2014. O Sindicato lamenta que a apresentação da pauta à empresa tenha ocorrido em um hotel, longe dos trabalhadores, pois entende que a Cemig deveria reabrir sua Sede, no Bairro Snato Agostinho, para a organização dos eletricitários.
Esta semana o Sindicato também comunicou à empresa que a categoria rejeitou a proposta de PLR feita pela Cemig e cobrou negociação com os trabalhadores.
Pauta dos trabalhadores
Os eletricitários cobram a correção dos salários pelo índice de 5,5% (estimado) a título de reposição das perdas pelo INPC-IBGE e aumento real por produtividade de 10%. A categoria reivindica o cancelamento das demissões e a transferência dos trabalhadores concursados da Cemig Serviços para a Cemig Distribuição a partir de 1º de novembro de 2013.
Os eletricitários também cobram a realização de concurso público com a contratação direta de cinco mil trabalhadores e a garantia de emprego, proibindo as demissões imotivadas. Os trabalhadores ainda reivindicam que, antes do concurso externo, a empresa realize a seleção interna, anualmente, para o preenchimento de cargos vagos e que, todos os anos, a empresa também promova a mobilidade interna (transferência de empregado) acessível a todos os trabalhadores de forma transparente e voluntária.
A pauta também cobra o pagamento de piso salarial para os trabalhadores no valor de R$ 2.685,47 (salário mínimo calculado pelo Dieese) e vale alimentação de R$ 1.000. Para os casos em que o empregado estiver a serviço da empresa, a reivindicação é de Vale Lanche de R$ 10 e R$ 40 de Vale Refeição. Os eletricitários também reivindicam reajuste de 5% para os empregados que não foram contemplados com progressões no PCR nos últimos cinco anos.
Saúde e segurança para todos
No cenário atual, onde eletricitários do quadro próprio e terceirizados sofrem com acidentes graves e fatais e com o adoecimento por causa do ambiente de trabalho, é fundamental que a política de Saúde e Segurança da Cemig tenha a participação efetiva dos trabalhadores.
Por isso, a nossa pauta também cobra um Pacto pela Saúde e Segurança entre a direção da empresa e os eletricitários com compromisso de reconstrução dos mapas de risco da Cemig, com o direito de recusa quando trabalhador vislumbrar risco para a vida e/ou integridade física, além da participação do Sindieletro na análise de acidentes graves ou fatais com terceirizados. O pacto também passa por estabelecer políticas de combate ao Assédio Moral, fim do trabalho individual, organização das Cipas entre outros pontos fundamentais tanto para os trabalhadores do quadro próprio como das empresas contratadas pela Cemig.