Sindieletro e outras entidades participam de ato pela libertação de Julian Assange em BH



Sindieletro e outras entidades participam de ato pela libertação de Julian Assange em BH

Organizações populares saíram às ruas em Belo Horizonte pela liberdade do jornalista australiano Julian Assange, criador da plataforma Wikileaks. A manifestação ocorreu neste dia 25 de fevereiro, às 10h, em frente ao escritório da embaixada dos Estados Unidos. Uma carta-manifesto pela liberdade de Assange também foi entregue na embaixada.

Houve também ato em frente ao prédio da Fiemg, onde alguns diretores do Sindieletro estiveram presentes, empunhando bandeiras (foto).

Preso político há quase dez anos, o jornalista encontra-se em penitenciária de segurança máxima, em Londres, acusado de revelar informações secretas do governo dos Estados Unidos. “O que estão fazendo com ele, individualmente, é ilegal, imoral e desumano. Mas o que está em questão é maior do que um caso individual”, afirma a presidenta da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), Maria José Barbosa, ao Sindicato dos Jornalistas de Minas Gerais.

Preso por provar crimes dos EUA

A perseguição ao jornalista começou depois que ele publicou milhares de documentos vazados dos serviços de inteligência dos EUA. Esses documentos comprovam crimes de guerra, cometidos pelas tropas estadunidenses e seus aliados no Afeganistão, no Iraque, em Guantánamo e em outros lugares. Entre os crimes, figuram assassinatos de civis desarmados, torturas, estupros e violações de direitos de prisioneiros.

Assange e o Wikileaks também divulgaram ações dos EUA para desestabilizar governos não alinhados e provocar guerras, como no Egito, Iêmen, Líbia, Síria, Paquistão e Tunísia. Espionagens também foram reveladas. Entre elas, o caso em que a então presidenta do Brasil, Dilma Rousseff (PT), foi grampeada ilegalmente pela Agência de Segurança Nacional (NSA) estadunidense, durante o governo Obama.

Em dezembro de 2021, uma sentença da Justiça britânica autorizou a extradição de Julian Assange para os Estados Unidos, onde responderá por acusações de espionagem e crimes cibernéticos. Juntas, essas acusações podem lhe render 175 anos de prisão. O jornalista está com a saúde debilitada e, no ano passado, chegou a sofrer um pequeno AVC na prisão, em Londres.

Fonte: Brasil de Fato (BH), com informações do Sindicato dos Jornalistas de Minas Gerais e Sindieletro

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