Chega ao cúmulo do absurdo o tratamento e a postura da gestão Zema quando o assunto são temas relacionados aos interesses dos trabalhadores da Cemig. Aliás, os temas em questão também são de interesse da gestão da empresa. Ou não? A história de construção e implementação da PLR e do trabalho híbrido tiveram muita participação e influência de representantes do patronato brasileiro. O trabalho remoto, inclusive, foi regulamentado na “deforma trabalhista”, que beneficiou os patrões em detrimento dos direitos e das condições de trabalho dos trabalhadores e trabalhadoras do Brasil.
Mesmo sendo vantajoso para a gestão da empresa, ainda vemos a forma desqualificada que seus gestores tratam os temas. Um bom exemplo foi a participação do superintendente do RH, Brunno Viana, em audiência no Ministério Público do Trabalho (MPT), quando convocado pelo órgão a dar esclarecimentos sobre a denúncia anônima de irregularidades cometidas no trabalho híbrido. O superintendente propôs como alternativa ao inquérito do MPT acabar com o trabalho híbrido. É como dizem no contexto popular: “Se a vaca está com carrapato, eles optam por matar a vaca”.
O coordenador-geral do Sindieletro, Emerson Andrada, tem encaminhado ofícios para a gestão da empresa, cobrando retorno do tratamento do trabalho híbrido na Cemig. Cobramos por aqui também: Sr. superintendente do RH, Brunno Viana, e Sr. gerente do RH, João Paulo Vaz, chega de enrolação, agendem reunião com o Sindieletro e nos deem retorno sobre o compromisso firmado na última reunião, realizada na primeira quinzena de maio, quando se comprometeram a discutir o tema internamente com demais gestores e nos dar retorno.
Sobre a PLR, o deputado Betão (PT), presidente da Comissão do Trabalho na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), chamou o Sindieletro e a gestão da empresa para uma reunião de mediação no dia 22 de maio, com objetivo de antecipar o debate a ser realizado em audiência pública, agendada para o dia 13 de julho. Ao final da reunião, o deputado Betão também se surpreendeu com a resposta dos representantes da gestão da empresa, quando ponderou com o seu entendimento que não há problemas financeiros, muito menos impedimentos judiciais, para realizar o pagamento da PLR, e perguntou se era decisão da gestão da empresa, o que foi confirmado pelos gestores. A proposta do parlamentar é chegar nessa audiência com propostas que permitam a solução do impasse.
Além da atuação na ALMG, junto ao deputado Betão, o Sindieletro, através do Departamento Jurídico, está na luta judicial. A audiência que vai debater a PLR 2022 está agendada para o dia 11 de julho!
A mobilização da categoria é fundamental para fortalecer a luta em defesa dos nossos direitos!
Cemig: esse “trem” é nosso!