Dirigentes de entidades que representam servidoras e servidores públicos de Minas Gerais se reuniram na última semana) na sede da Central Única dos Trabalhadores de Minas Gerais (CUT/MG), em Belo Horizonte, para discutir a política adotada pelo governador Romeu Zema (Partido Novo) de cortar serviços e programas ofertados pelo Estado. O encontro foi realizado para construir formas de enfrentamento ao regime de recuperação fiscal de Jair Bolsonaro (PSL), projeto que Zema já afirmou ter o desejo de adotar em Minas Gerais.
Estavam presentes dirigentes do Sindibel, Fetaemg, Sind-Rede, Sindeletro, Sind-Saúde, Sindecon, Sindicato dos Bancários, Sind-UTE, Sindfisco, Sindágua, entre outras organizações.
Todos denunciaram que o regime de recuperação fiscal, em Minas Gerais, traria como consequências prejuízos como: reajuste da contribuição previdenciária; proibição de realização de concursos públicos; congelamento de salários e carreira por seis anos; maior desvalorização de trabalhadoras e trabalhadores; comprometimento da prestação dos serviços públicos à população mineira; impactos indiretos nos municípios; privatizações da Cemig, Copasa, Codemig, Codemg, entre outras empresas estatais, com a perda da soberania do Estado de MG e da Assembleia Legislativa.
É o que explica Jairo Nogueira, secretário geral da CUT-MG: "É uma proposta muito cruel. Não é só o funcionalismo que vai sofrer danos, mas todo o povo. É muito sério, não acaba com a dívida do estado, apenas deixa para pagar mais tarde. E em um momento de grande carência de serviços públicos, o que se coloca é diminuir ainda mais o atendimento às pessoas, que já sofrem com esse travamento provocado pela crise", declara o sindicalista.
O entendimento geral do encontro foi de que existem outras saídas para Minas Gerais e de que esses pontos devem ser debatidos com os mineiros, sejam funcionários públicos ou não. A partir de agora, as centrais vão se dedicar a estratégias de comunicação que deem conta de informar a população.
Além disso, os representantes das categorias decidiram pela unidade no dia 13 de agosto, data de greve nacional.
"Vamos parar a saúde, educação, Cemig, Copasa, vários setores", diz Jairo Nogueira Filho, que cita o exemplo do Rio de Janeiro, até o momento o único estado que aderiu à proposta federal. “Todo mundo está vendo que não deu certo no Rio, que o governador [Wilson Witzel, PSC] quer rever, voltar atrás com o que fez”.
Fonte: CUT Minas