O governador Romeu Zema resolveu atacar os sindicatos, demonstrando que desconhece a luta da classe trabalhadora pelo reconhecimento e manutenção de seus direitos, além de conquistas consagradas, como a liberdade de associação e organização sindicais.
Em meio à pandemia do novo coronavírus e à severa crise econômica que enfrentamos, Zema mostra claramente que é um empresário, e não um gestor público, comprovando, mais uma vez, o seu alinhamento à política destrutiva e entreguista do governo Bolsonaro.
Em live realizada no dia 20 de julho, o governador, do “partido que não tem nada de novo”, deu declarações absurdas e infelizes, ao adotar a estratégia de tentar colocar a população contra os trabalhadores, notadamente os funcionários públicos, que rechaçaram a proposta de reforma da Previdência do governo estadual, em tramitação na Assembleia Legislativa.
Da live, promovida para discutir o projeto, participaram também os secretários de Estado de Governo, Igor Eto, e de Planejamento e Gestão, Otto Levy. Desde que chegou à Casa, o texto da reforma previdenciária vem sendo muito criticado, principalmente pela oposição. Em suas declarações, Zema demonstrou desconhecer os preceitos democráticos.
Quer, a todo custo, impor um projeto que pune os servidores, que, segundo ele, não deveriam reclamar por trabalhar mais alguns anos e estariam vivendo “na ilha da fantasia”. O governador comprova que desconhece completamente a situação do funcionalismo público de Minas, acossado por atrasos constantes no pagamento dos salários. Desrespeita e despreza ainda mais os servidores da saúde, que estão colocando as suas vidas em risco para salvar as de outras pessoas em meio à pandemia da covid-19.
O chefe do Executivo fez acusações infundadas e sem provas a sindicatos e sindicalistas, ao dizer que as entidades representativas dos trabalhadores no Estado estavam acostumadas, no governo anterior, com “um tipo de rachadinha”, de levar “algum por fora”, para não reagirem.
Com suas declarações e difamações, Zema segue a cartilha de seu “ídolo” Bolsonaro, que mantém o discurso de campanha e ataca constantemente os adversários, com o objetivo de agradar os seus seguidores. O governador do “Novo” busca culpados para seguir no patético papel de “gente de bem” que luta contra a “velha política” e os “privilégios” dos servidores públicos e dos trabalhadores em geral.
Na verdade, ele quer é impedir as liberdades de expressão e sindical, para impor a política neoliberal de redução do Estado e de entrega do patrimônio público à iniciativa privada, que inclui a venda das estatais, como Copasa e Cemig.
Fonte: Sindágua/MG