Sexta-feira (28) foi dia de mobilização em todo o Estado contra a retirada de direitos e por respeito à negociação. Em peso, os eletricitários aderiram à Sexta-feira Vermelha de lutas, que marcou a rejeição da Proposta Enganosa da Cemig, a "PEC 171", e a aprovação da paralisação para a próxima terça-feira, 1º.
O coordenador geral do Sindieletro, Jefferson Silva, destacou que a categoria, unida, respondeu “não” à proposta da empresa. “Por isso estamos hoje mobilizados em todo o Estado: para entregar coletivamente o resultado das assembléias à Cemig deixando bem claro que não aceitaremos passivamente a retirada de nenhum direito do nosso acordo”.
Na portaria do Anel Rodoviário, diretores do Sindieletro promoveram um debate sobre a situação atual da empresa e analisaram que uma outra Cemig é possível.
O técnico em telecomunicacões no Anel, Bruno Damasceno Freire, ressaltou o cenário desfavorável para os eletricitários, sobretudo pela falta de projeto, de diálogo e valorização coletiva, ou de reconhecimento de méritos dos profissionais. ”O único caminho para uma outra empresa é pela mobilização e pela continuidade de cobranças por transparência na gestão e nos contratos da Cemig. Só assim ficará claro que não somos os responsáveis pela situação econômica difícil que a empresa alega estar passando e poderá haver mudanças”.
No São Gabriel a Sexta Vermelha foi marcada pela descontração, com direito a boa música, um violão bem afinado e um churrasquinho na hora do almoço. Reunidos na portaria da unidade, os eletricitários aderiram em massa ao protesto e mandaram o recado para diretoria da Cemig: Não mexam em nossas conquistas. O eletricista de linha viva, Nárcio Filho, destacou que a categoria está aberta à negociação e é possível construir uma proposta que atenda as nossas demandas. “Não podemos aceitar uma proposta unilateral e que retire direitos”, disse.