No último dia 12, o Sindieletro promoveu Seminário sobre a Forluz e Cemig Saúde. O evento resgatou o histórico da participação dos trabalhadores nos conselhos e diretorias das entidades que administram o fundo previdenciário e o plano de saúde.
A presença de representantes eleitos pelos participantes na gestão teve como base uma CPI instaurada em 1995, que concluiu que a medida é essencial para combater a corrupção e garantir transparência na gestão dos fundos de pensão.
O Sindieletro sempre foi referência nacional sobre previdência complementar e plano de saúde. O acúmulo de estudos e debates permitiu, ainda 1997, a eleição para a Diretoria de Relação com os Participantes (DRP) e a quebra do voto de minerva no Plano B.
O Seminário apontou que na última década os participantes foram levados a considerar o plano previdenciário numa visão meramente financeira, perdendo a garantia previdenciária de longo prazo, o que provocou várias alterações prejudiciais nos planos e na gestão. Também foi constatado que as alterações no INSS pioraram as injustiças na Forluz, com os menores salários contando com poupança pequena, fato agravado para os trabalhadores das áreas de risco, pelo tempo de contribuição menor.
Os participantes do seminário concluíram que a Fundação e a Cemig Saúde são, hoje, prejudicadas por deixar de lado o debate sobre paridade e cogestão e pelas decisões tomadas sem debate amplo, pelo uso do voto de minerva e pela manutenção da “caixa-preta”na Forluz.
Foi aprovado um termo de compromisso para ser debatido com a AEA e os demais sindicatos, e que servirá de base para eleição de representantes apoiados pelas entidades.
Retirada de direitos
Também foram discutidos problemas atuais sobre redução da taxa de juros para benefícios e, ao mesmo tempo, aumento das taxas no empréstimo, votações de medidas sem respeitar a opinião dos trabalhadores e ataques aos direitos adquiridos.