E a razão é simples: é uma armadilha para acabar com o PSI por sufocamento econômico e atrair novos usuários para os novos planos precarizados e sem qualquer garantia após aposentadoria. Qual seria o segundo passo? Sufocar economicamente os beneficiários dos novos planos, tal como está sendo feito com o PSI agora, e mudar ao gosto deles as características do plano atual.
Se com Acordo Coletivo Específico (ACE), regulamento do plano e inúmeras normas acordadas e por escrito a atual gestão da Cemig usa e abusa para mandar sozinha no PSI, imagine num outro plano sem nenhum acordo ou regra estabelecida com os beneficiários? Você vai acreditar em promessa só da boca pra fora?
Novos planos são deficitários
O problema é que o horizonte temporal para que estas promessas verbais sejam descumpridas é bem curto. Os novos planos são todos deficitários e, adivinhe?, usam o dinheiro do PSI para se sustentarem. Já imaginou onde quem migrar vai parar?
Afinal, a Agência Nacional de Saúde Complementar (ANS) exige uma reserva mínima (capital baseado em risco) por plano. Sem os recursos utilizados do PSI, seria impossível para a Cemig Saúde cumprir as exigências da ANS. Nesse cenário de insegurança, após todos migrarem, começará a onda de terrorismo para baixar custos. E qual será a solução? Ou vai precarizar ainda mais o plano ou vai passar a cobrar o que oferecem de gratuito hoje. É uma bomba-relógio!
-------------------------------------------------------
Acompanhe o Sindieletro nas redes sociais:
ATENÇÃO: entre nos nossos GRUPOS EXCLUSIVOS no WhatsApp para receber notícias do Sindieletro!
(Os grupos são fechados e apenas a Comunicação oficial do Sindieletro envia as mensagens)
Solicite sua entrada: envie uma mensagem para o Sindieletro no WhatsApp.
-------------------------------------------------------
Vitórias na Justiça
Temos liminares em vigor que impedem a Cemig de cortar o patrocínio do PSI e de aplicar o aumento abusivo e irreal de 60,5% nas mensalidades. "Mas por que a Cemig segue destruindo o PSI e fazendo alterações?". Por dois motivos: porque sabe da solidez dos direitos consolidados dos seus beneficiários e porque sabe que não se livrará fácil dessa dívida. Terá que pagar.
Hoje, as alterações no Estatuto da Cemig Saúde e todas alterações ilegais feitas pela Cemig estão sob questionamento judicial. A Cemig sabe que, quando forem julgadas, muitas dessas farsas vão cair e a Cemig terá que pagar. A insegurança jurídica para a Cemig já está instalada.
No mais, tudo o que a Cemig conseguiu até agora com a migração espontânea dos beneficiários foi feito apenas com terrorismo econômico e assédio moral com trabalhadores da ativa. É importante deixar claro: o caminho mais fácil para a Cemig e o pior para o beneficiário é a migração voluntária. Assim, o trabalhador entrega de graça para a empresa todos os seus direitos atuais e futuros para se ter um plano de saúde de boa qualidade.
Várias mentiras têm sido ditas pela Cemig para fazer a migração forçada dos ativos. Fiquem atentos, peçam informações às entidades representativas. Quantas vezes a Cemig disse que era a última oportunidade para migrar, mas reabriu a janela de migração de novo? Não há como confiar no terrorismo e nas mentiras!
Ativos, não migrem. Aposentados e pensionistas, não migrem. Estamos firmes na Justiça, e o abandono voluntário dos beneficiários é tudo o que a Cemig quer. A gestão Zema só quer privatizar a empresa. Para a gestão da Cemig, somos apenas uma matrícula a mais ou a menos. Não migre. A Cemig Saúde é nossa!