Segundo levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), com base em relatórios da própria Cemig, enquanto em 1994 a empresa tinha 18.000 trabalhadores do quadro próprio, a estatal terminou 2017 com apenas 5.864 eletricitários com vínculo direto.
Apesar do compromisso eleitoral de valorização dos trabalhadores da Cemig e de dar posse a 1.500 eletricitários, o governo de Fernando Pimentel manteve a política de desligamentos
voluntários e até de demissões aos 55 anos.
O resultado desta opção de gestão é sentido na pele pelos eletricitários (as) que enfrentam sobrecarga de trabalho e pela população, que recebe serviço sem qualidade prestado por empreiteiras.
Até 2014, os governos tucanos fecharam 9.115 postos de trabalho. Em 2015, primeiro ano do governo Pimentel, a Cemig tinha 7.860 trabalhadores no quadro próprio. Mas terminamos o ano de 2017 com apenas 5.864 eletricitários com vínculo direto.
Em números absolutos, Pimentel já é o terceiro governador que mais fechou postos de trabalho na Cemig nos últimos 24 anos. Se a comparação for feita em relação ao número de eletricitários que ele encontrou quando iniciou o Governo, Pimentel assume a segunda posição no ranking do sucateamento de mão de obra na estatal mineiral.
E essa situação, no entanto, tende a piorar. Os dois pequenos concursos abertos pela Cemig nos últimos meses não suprem nem 20% das 1.500 vagas prometidas por Pimentel em 2014. Enquanto isso, a empresa já possui ativo um novo programa de desligamento voluntário com previsão de saída de cerca de 400 trabalhadores.