O gerente foi diagnosticado positivo no teste de covid-19 e causou indignação. Sindieletro tomará providências e questiona a volta do trabalho presencial
Do edifício-sede da Cemig, no bairro Santo Agostinho, em Belo Horizonte, chegou ao Sindieletro a denúncia de que um dos gerentes indicados pela gestão do governo Zema na empresa, portanto, não concursado e sem compor o quadro de carreira, está se mantendo no ambiente de trabalho sem a utilização de máscara. Conforme a denúncia, ele somente usa máscara quando recebe pessoas na sala onde trabalha.
Não deu outra: como consequência da postura irresponsável, o gerente foi diagnosticado com covid-19, colocando em risco todos os trabalhadores que atuam próximo a ele e também os que circulam dentro da sede no trajeto que faz para ir e voltar do trabalho. A indignação foi geral, com razão.
Lembramos que as salas da sede da Cemig são abertas e separadas por divisórias (baias). Todas as janelas ficam fechadas, por questão de segurança, e o ar condicionado é ligado com frequência.
Além da indignação com a postura do gerente, muitos trabalhadores questionam o retorno das atividades presenciais, visto que ainda há muito risco de contaminação. Atuando em home office, muitos eletricitários estavam mais seguros em relação ao contágio e propagação do coronavírus. O mau exemplo do gerente indicado pela gestão Zema aumenta a preocupação dos trabalhadores.
Providências
A direção do Sindicato vai tomar as devidas providências para além da denúncia, vamos tratar a questão no RH da empresa até que seja apontado uma solução na condição de trabalho nesse momento de pandemia. Defendemos a vida, sempre, e muito nos preocupa o aumento dos números de pessoas contaminadas, sobretudo pela nova cepa Ômicron, altamente transmissível.
Vale lembrar que o sistema de divulgação de dados do Ministério da Saúde está com problemas há mais de um mês, sem iniciativa do governo Bolsonaro (um negacionista declarado) para resolver logo e, em consequência, de acordo com especialistas, os números da covid-19 no país estão subnotificados. A indicação que os índices de transmissão e mortes estão crescendo é novamente a superlotação dos hospitais e postos de saúde.
Resposta da Cemig
Cobramos uma resposta da Cemig, e o superintendente Brunno Viana respondeu que a empresa tem protocolos rigorosos e todos os empregados, inclusive os de cargos de chefia, foram devidamente treinados e orientados a seguir e cobrar as regras sanitárias.
Mas, para o Sindieletro, o mau exemplo do gerente demonstra que ele está descumprindo as orientações. E, a empresa, permitindo mais exposição dos trabalhadores.
Lutamos e defendemos a vida!
Cemig: esse trem é nosso!