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São Paulo – O secretário municipal de Transportes de São Paulo, Jilmar Tatto, afirmou hoje (21) em entrevista coletiva que a prefeitura não sabe quem são as lideranças do movimento de paralisação de ônibus na capital paulista e avalia que se trata de um grupo isolado, sem propósito político. De acordo com o secretário, o poder público municipal não pode intervir na negociação entre trabalhadores e empresários, que são apenas contratados pela prefeitura.

Representantes do poder público municipal vão se reunir hoje, às 15h30, com o secretário estadual de Segurança Pública, Fernando Grella, para negociar possíveis intervenções policiais em atos considerados de vandalismo e violência, como o travamento de vias com ônibus. O secretário afirmou que observa certa “passividade” da Polícia Militar em relação aos conflitos na capital paulista.

Segundo o secretário, o superintendente regional do trabalho de São Paulo, Luiz Antônio Medeiros, está se dirigindo neste momento para a garagem da viação Santa Brígida, na zona norte, onde teria começado a paralisação, para negociar com os motoristas. Representantes do Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros de São Paulo (SP-Urbanuss) vão recorrer ao Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo para pedir que a greve seja considerada ilegal.

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Grevistas ouvidos pela RBA consideram que não existe indicativo de conciliação entre trabalhadores, sindicato e empresas. Os funcionários não aceitam o acordo feito entre o Sindicato dos Motoristas de São Paulo e as empresas de ônibus, apresentado em assembleia na segunda-feira (19).

A reivindicação dos motoristas é de 19% de reajuste salarial, R$ 1.250 de participação nos lucros ou resultados (PLR) e R$ 19 de vale-refeição por dia. No acordo firmado entre o sindicato patronal e o Sindicato dos Motoristas de São Paulo, o reajuste foi de 10%, a PLR passou para R$ 850 e o vale-refeição ficou acertado em R$ 16.

De acordo com Tatto, pelo menos seis terminais de ônibus estão fechados, sendo três na zona sul (Capelinha, Jardim Ângela e João Dias) e três na região central (Parque Dom Pedro, Mercado e Princesa Isabel). Terminais da zona leste funcionam normalmente. O rodízio municipal será suspenso na tarde de hoje e a prefeitura considera a possibilidade de anular as multas por rodízio pela manhã.

A Secretaria de Transportes calcula que pelo menos 300 mil pessoas foram prejudicadas com a paralisação de ontem. Ainda não há estimativa do prejuízo financeiro para a cidade.

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