Segundo dia greve



Segundo dia greve

O Segundo dia de greve

Ontem, dia 26, segundo dia de greve, os eletricitários se concentraram nos locais de trabalho. Em Belo Horizonte, os trabalhadores fecharam as portarias da Cemig do São Gabriel e saíram em passeata pela avenida Cristiano Machado.

Na Itambé a gerência da Cemig improvisou uma entrada na agência de atendimento e colocou divisórias na portaria principal. No Jatobá, os trabalhadores fecharam as portarias por algumas horas e, depois, fecharam a rua Afonso Vaz de Melo. Os eletricitários do Anel Rodoviário se deslocaram para o local e reforçaram a mobilização, que incluiu uma passeata.

No interior, várias localidades pararam, com concentrações, panfletagens, protestos.

O primeiro dia

2odiaNo dia 25, segunda-feira, primeiro dia da greve por tempo indeterminado, os eletricitários surpreenderam a Cemig. Vários locais de trabalho pararam depois que as portarias da empresa, na Grande BH e interior, foram fechadas por lideranças dos eletricitários. O movimento foi um ato simbólico para mostrar à direção da Cemig que, se os gestores da empresa souberam radicalizar ao se negar ao diálogo e à negociação da pauta dos eletricitários, a categoria também tem suas armas para garantir que haja negociação de fato. Apesar do movimento, foram mantidas as atividades essenciais para atender a população e as chamadas de emergência.

Na Cemig da Itambé, as duas portarias foram fechadas. O acesso à entrada principal foi impedido por correntes, faixas e cartazes. Ao chegarem para o trabalho, os eletricitários da Itambé permaneceram em frente às portarias e ninguém reclamou. Muitos manifestaram apoio à iniciativa. “Que coisa boa! Já passava da hora! A greve tem que ter adesão de todo mundo, as conquistas não são para todos?”, disse um eletricitário.

Até às 10 horas, as duas portarias da Cemig da Itambé permaneceram fechadas, por decisão dos trabalhadores concentrados no local. Eles também decidiram sair em passeata e fechar o viaduto Santa Tereza.

Na Cemig do Anel Rodoviário grande parte dos trabalhadores decidiu abrir a portaria principal a partir das 9 horas. Mas dezenas de eletricitários que decidiram entrar, voltaram depois para a mobilização. Eles saíram em passeata, seguindo pela avenida Amazonas até a Praça da Cemig, na Cidade Industrial, onde foram se juntar aos demais companheiros. Na Sede, vários trabalhadores decidiram entrar pela garagem, outros, firmes no propósito de lutar por seus direitos, sobretudo o direito constitucional de greve, vieram para a Cemig da Itambé reforçar a mobilização.

Em Uberlândia, os eletricitários se concentraram na portaria do CRIU, fechada por 50 cruzes, simbolizando as 50 mortes de trabalhadores a serviço da Cemig desde 1999. A lista de eletricitários vítimas de acidentes de trabalho fatais, lamentavelmente, inclui 114 mortes nos últimos 14 anos.

Os trabalhadores do Triângulos estão sensibilizados e indignados com tantas mortes de companheiros a serviço da Cemig, a última delas ocorrida na semana passada. “Realizamos um piquete simbólico, com momento de silêncio. Após saberem das cruzes em frente ao CRIU muitos eletricitários aderiram à mobilização. Em Uberaba os trabalhadores foram informados do nosso piquete e também pararam em defesa do pacto de saúde e segurança que reivindicamos negociar com a empresa”, disse Gustavo Brito, coordenador da Regional Triângulo do Sindieletro. Ele acrescentou que os eletricitários terceirizados também estão apoiando a greve e se juntando às manifestações.

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