São Gabriel pede socorro



São Gabriel pede socorro

Na quinta-feira, dia 02, diretores do Sindieletro realizaram uma reunião setorial de emergência na unidade do São Gabriel, em BH. O encontro acabou se transformando em um ato de protesto.

O ambiente está contaminado por pressões constantes contra eletricitários e até contra dirigente sindical. Tudo é motivo de questionamentos e proibições por parte do supervisor, que não se abre ao diálogo, mas prefere o chicote para impor decisões.

Logo depois da setorial, a direção do Sindieletro se reuniu com o Superintendente de Serviços de Distribuição da Cemig, Humberto Donizete de Faria, que ficou de analisar e dar resposta às situações levantadas. Confira:

Sobreaviso: de acordo com a IS-07, o empregado terá o direito de usar taxi para deslocamento do local de trabalho/residência quando houver prorrogação de jornada com duração mínima de duas horas contínuas, ou o deslocamento quando houver acionamento do sobreaviso. Mas o supervisor deixa clara a proibição do uso de taxi, inclusive com a ameaça do trabalhador não ser escolhido para o sobreaviso.
Se por um lado o sobreaviso é um assunto complicado para os eletricistas, para os supervisores é um verdadeiro paraíso. Supervisores ficam a semana ininterruptamente de sobreaviso, mesmo aqueles que não podem atuar no Sistema Elétrico de Potência, de acordo com denúncias recebidas pelo Sindieletro.

Sobrou até para os que usam o cartão corporativo, em cumprimento à regra, que prevê utilização em jornada extra de mais de duas horas. Trabalhadores foram questionados sobre o horário que fizeram suas refeições, como se a fome tivesse hora para bater no estômago. E questionados também sobre o valor gasto (dentro do teto). Ora, se gastam no teto por que questionar? Vão agora pedir o menu escolhido pelos trabalhadores?

Conservação e Limpeza

A situação do serviço na base do São Gabriel está abaixo da crítica. A conservação e limpeza eram feitas por 11 empregados, mas agora está sendo exigido que sejam realizadas por quatro 4, adicionando ainda o serviço de distribuição e recolhimento de malotes de toda a base.

Precisamos saber o que está realmente acontecendo, por que a Empresa Equipe demitiu os 11 empregados e quatro deles foram admitidos pela empresa Vitha, ambas de propriedade da mesma família.

Os companheiros têm trabalhado e se desdobrado debaixo de muita cobrança e, inclusive, de ameaças de demissão.

Tem sido visível o alto nível de stress e de adoecimento de trabalhadores.

Responsabilidade é da Cemig

Exigimos um posicionamento da Cemig, pois é um absurdo que o trabalho de conservação e limpeza e de distribuição e recolhimento de malote seja feito por quatro empregados.

A responsabilidade de ambiente mal cuidado não é dos companheiros da limpeza, é um descaso da gestão dessa empresa.

Vestiário: A Reforma do vestiário masculino tem sido uma reivindicação antiga. Há problemas de entupimento nos vasos. Trata-se de uma construção muito antiga e sem conformidade com a NR18.

A Gerência prometeu a reforma se sobrasse dinheiro do orçamento. Sobrou, mas ele mudou de ideia e reformou o prédio do refeitório e o prédio que atende a sala da própria Gerência.

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