Movimentos sociais, sindicais e a sociedade civil alertam, há tempos, sobre o programa entreguista de privatizações que o presidente ilegítimo, Michel Temer, planeja para o país. E ele chegou. Na última terça-feira, 13, o Governo Federal divulgou uma lista com 25 projetos de infraestrutura que serão leiloados a partir de 2017.
Conforme declarado na mídia, Temer afirmou que não haverá restrições para que o capital estrangeiro participe das concessões. Tal fato demonstra a clara disposição do governo em abrir o mercado brasileiro para as grandes empresas estrangeiras num ritmo jamais visto no país. Temer, que não esconde o interesse do seu governo nas grandes multinacionais, fala em uma “abertura extraordinária”.
Forasteiros que quiserem adquirir os ativos listados ainda contarão com pelos menos R$ 30 bilhões de bancos públicos brasileiros, sendo R$ 12 bilhões do FI-FGTS (fundo que investe em infraestrutura com dinheiro do trabalhador) e R$ 12 bilhões do Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES). O Banco do Brasil ainda não divulgou quanto crédito irá liberar para essa primeira fase dos leilões.
Na lista divulgada estão três das principais usinas da Cemig (Miranda, Volta Grande e São Simão), ativos que estatal mineira ainda tenta, na Justiça, obter o direito à renovação das concessões.
Dissipando-se o nevoeiro em torno do projeto político do Impeachment, fica cada vez mais claro que a “Ponte para o Futuro” será, na verdade, a ponte para o capital estrangeiro, para iniciativa privada e para os rentistas, em detrimento aos direitos sociais e trabalhistas do povo brasileiro.
Repitamos: Nunca antes na história do país ficou tão evidente um programa político absolutamente voltado para o deleite das elites, forjado basicamente no corte de direitos sociais e trabalhistas. Basta acompanhar o noticiário e ver o quão profundos são os cortes nas verbas destinadas à saúde e educação, a investida na revogação de direitos do trabalho, da previdência social e a entrega do Pré-sal.
Temer e seus cavaleiros da “távola redonda” colocaram o Brasil no saldão e querem que os trabalhadores paguem a pato!
Por isso, é obrigação do povo brasileiro e das classes trabalhadoras lutar contra esse golpe que ataca o nosso patrimônio e os nossos direitos sociais e trabalhistas. No dia 22 de setembro, o grito deve se uníssono por NENHUM DIREITO A MENOS! e FORA TEMER!